JAZZ : Alegoria sonora nos ritmos do “Kiai”
Sexta-feira às 21h, espaço ao jazz do grupo riograndino “Kiai”, que estará apresenando show na casa bar “Alegoria”
Por Carlos Cogoy
Compassos alternados, linguagens de improvisação e técnicas de composição. Estudos e experimentos que motivaram o surgimento da banda “Kiai”. Há quatro anos em Rio Grande, o grupo começou como quarteto, formação que se manteve até ano passado, quando houve gravação no estúdio “A Vapor”. Neste ano, já como trio, o “Kiai” lançou o disco autoral “Além”. Ao final de abril, Marcelo Vaz (teclado/piano), Lucas “Fê” Guimarães (bateria), e Dionísio Souza (baixo elétrico), participaram da programação do “International Jazz Day Pelotas”, realizado no Parque Una. Nesta semana, o grupo retorna para apresentação em novo espaço da cidade. Amanhã a partir das 21h, o trio estará apresentando show no “Alegoria Casa Bar”, que está localizado à rua Antônio dos Anjos 1.040. Informações e reservas: (53) 9169.1364.
CONCEITO – Os músicos expressam sobre a proposta sonora: “Consideramos o grupo como jazzístico, pois em vários aspectos como, por exemplo, sonoridade e atitude, operamos pela vertente do jazz. Porém, não só, pois nas performances passeamos por ritmos folclóricos brasileiros, afro, universais e também abstratos”.
TRAJETÓRIA – O grupo tem tocado em casas noturnas, pubs de jazz, teatros, festas de rua e festivais. Acompanhando a riograndina Paola Kirst ano passado, inúmeros shows no Estado. Outra parceria foi com o rapper pelotense Zudizilla que, além das apresentações em Pelotas e Rio Grande, também rendeu a gravação de álbum ao vivo. O grupo destaca: Festival de Bandas Instrumentais de Porto Alegre (2016 e 18); Festival Pira Rural (2016, 17 e 18); Morrostock (2017 com Paola Kirst)/ Psicodália (Rio Negrinho/SC em 2018); Homenagem ao Jazz (PoA/18); International Jazz Day Pelotas (2015, 16, 17 e 18). Contatos com a banda: [email protected]
ALÉM – O trio divulga: “O disco físico conta com sete faixas. A abertura é com ‘A Sala’, do Dionísio, uma balada intimista que desencadeia num solo de guitarra explosivo. A faixa é seguida de um solo de bateria como introdução da música ‘Maloka’, do Marcelo, que é um tema em compasso ternário ora sentido como um Candombe em 3/4, ora Samba em três. A terceira faixa, ‘Deslocado de sexta’, composição do Zazá, que integrou a formação original, tem seu tema exposto em compassos de 7/8, 6/8, 5/8, e os improvisos acontecem sobre uma base tipo American funk, mas à nossa moda. Depois temos ‘Smile Black’, também do Zazá, um samba rápido com improvisos de guitarra e baixo. Na sequência, ‘Além’, a faixa que dá nome ao disco é um mantra em 7/8 com uma parte B em latin… Na música ‘Há Tempos’, misturamos maracatu, samba e baião, com solo de bateria no fim. Encerrando o álbum, temos ‘Passando Dias’, composição do Dionísio. A oitava faixa, disponível apenas nas plataformas de streaming, ganhou o nome de ‘Escápula’, e resulta de improviso gravado no estúdio, contando com a participação de Lauro Maia nos efeitos e ambientações”.