Jogadores do Xavante foram contrários ao clássico na terça
Partida ocorreria 48 horas após derrota para o Juventude; Brasil se prepara para encarar São Luiz
133 dias sem entrar em campo em compromisso oficiais. Muito tempo, não é? Pois no domingo (26), o Grêmio Esportivo Brasil jogou diante do Juventude após esses mais de 4 meses sem partidas. Após a derrota por 1×0, em uma atuação de limitações também por conta do gramado da Arena Alviazul em Lajeado, o Xavante foi surpreendido pela notícia de que o Bra-Pel, adiado da 4ª rodada do segundo turno do Gauchão, ocorreria nesta terça-feira (28). Com reprovação geral, um ofício foi encaminhado e o clássico novamente transferido. Jogo entre Brasil e Pelotas, ainda sem local definido, só será após a 6ª e última rodada de classificação no Estadual, marcada toda para quarta-feira.
O Campeonato Gaúcho 2020 é a centésima edição do Estadual de futebol. Lembrança do professor e historiador Luis Artur Janes Silva durante a transmissão de Brasil e Juventude. Mas o Gauchão 2020 também é uma imensa dor de cabeça. Interrompido pela pandemia mundial, retomado em uma hora inapropriada pelo avanço dos casos de covid-19 no Rio Grande do Sul, delegações inteiras testadas e re-testadas para se protegerem da doença, tempo de preparação insuficiente, condição física inadequada e jogos com locais indefinidos até poucos dias antes. Em meio a este cenário todo, o Brasil ainda estava em Lajeado quando recebia a notícia do Bra-Pel marcado para terça, 16h, ou seja, 48h após entrar em campo diante do Juventude.
O desagrado dos jogadores do Brasil foi levado ao Sindicato dos Atletas do RS e este órgão encaminhou o ofício para o cancelamento da proposta de Pelotas vs.Brasil na terça-feira. O Bra-Pel dos adiamentos e sem público segue indefinido de quando e onde ocorrerá.
Dentro de campo
Questionado pela escalação na estreia no comando xavante, Hemerson Maria teceu sua leitura de jogo sobre a derrota de 1×0 para o Juventude. Sobre a escalação do garoto Jacone, cria da base rubro-negra como zagueiro e que passou por empréstimo pelo Ceará: “Gosto de um volante corredor pelo lado direito. Tivemos a infelicidade do João Ananias e do Sousa não participarem dos primeiros treinos. A alternativa que encontrei foi o Jacone, porque Leite e Revson são mais de contenção. Jacone procurou fazer as funções que pedi, ofensiva e defensivamente. Quando não aguentou mais, colocamos o Leite.”
Hemerson explicou que a proposta era com trocas de passe desde o campo de defesa, com saídas pelas laterais com Maicon Silva e Mateus Mendes, já que o Juventude marcava muito forte no meio. Lamentou o gol que Jacone perdeu no início, mas elogiou a construção da jogada. “A tendência que temos é evoluir, principalmente com a chegada dos novos jogadores, com intensidade na marcação, mas não abrindo mão de ter a bola”, resumiu o treinador.