JUSTIÇA! JUSTIÇA! Protesto clama por prisão do autor de atropelamentos
Motorista embriagado atropelou e matou uma jovem que estava com sua moto estacionada, junto a um semáforo na via pública. A carona, com graves lesões está hospitalizada. O autor chegou a ser preso em flagrante mas foi liberado pela Justiça. Ele já havia se envolvido em mais dois outros acidentes também dirigindo embriagado.
MANIFESTANTES queriam explicações da juíza da 3ª Vara Criminal
À 1h30min da fatídica madrugada de sábado, dia 14, duas jovens de 19 anos, Bianca Amaral Borba e Tainá Botelho de Cunha, estavam de motocicleta aguardando o semáforo abrir na esquina da Rua General Osório com a Rua Pinto Martins, quando um motorista que aparentava sintomas de embriaguez tirou a vida de Bianca e levou Tainá para o pronto-socorro, onde ainda está internada em estado grave na Unidade de Tratamento Intensivo.
O condutor Francisco de Paula Rodrigues, 43 anos, que já havia sido indiciado três vezes por dirigir embriagado. Não tendo perdido ainda sua habilitação, conseguiu vitimar duas jovens e mais uma vez foi solto, causando indignação e revolta nas famílias das vítimas.
Na tarde de ontem cerca de 20 pessoas, dentre familiares e amigos das vítimas, expressavam sua indignação em frente ao Foro na Avenida Ferreira Vianna. Estavam ali desde as 13h carregando faixas e aos gritos de “Justiça! Justiça!” exigiam uma resposta da juíza titular da 3ª Vara Criminal de Pelotas. Encaminhado à delegacia o motorista foi preso e, dois dias depois, foi solto em função de “critérios do processo que não foram atendidos”, segundo a 3ª Vara Criminal.
NAS faixas e cartazes ou nos gritos, o pedido era por justiça
Fotos de Alisson Assumpção/DM
Depois de algum tempo, os manifestantes não haviam obtido nenhuma resposta, apenas foram advertidos para retirarem os cartazes que poderiam eventualmente bloquear a entrada do Foro. Indignados, paravam o trânsito por alguns minutos e pediam aos motoristas que buzinassem, ao que estes respondiam com manifestações de apoio. “Justiça para quem? Para quem tem dinheiro?”, questionava em meio aos carros um dos familiares. Os manifestantes pretendiam ficar ali até que recebessem alguma resposta ou até fechar a instituição. O sentimento presente era de indignação e revolta, enquanto os familiares clamavam por justiça.
