Diário da Manhã

sábado, 28 de dezembro de 2024

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Laranjal tem 60 quarteirões embaixo d’água

20 outubro
13:22 2015

Nesta terça-feira (20/10/15), cerca de 60 quarteirões das praias do Laranjal amanheceram embaixo d’água. No trapiche, a última medição realizada às 7h marcou 2,10 metros – 60 centímetros acima do nível normal. Desde a semana passada, a prefeitura monitora o volume das chuvas que atingem níveis históricos no Estado e está em alerta permanente, junto com a Defesa Civil e o Exército, pronta para atender moradores que tenham suas residências atingidas pelas águas.

Durante a segunda-feira (19), somente no Valverde e Novo Valverde, foram removidas 77 pessoas de suas residências com a ajuda de dez militares e um caminhão do Exército. O prefeito Eduardo Leite, que visitou as áreas alagadas durante a noite, estima que cerca de mil famílias estejam sofrendo com o problema das cheias. “O total não temos como precisar, pois estes números indicam apenas as remoções realizadas pela Defesa Civil. Sabemos que muitos deixaram suas casas por conta própria e estão abrigados em casas de familiares e amigos”, afirmou.

60 quarteirões das praias do Laranjal amanheceram em baixo d’água.

60 quarteirões das praias do Laranjal amanheceram em baixo d’água. Foto: Jornal do Laranjal

Entre as principais causas dos alagamentos está o volume excessivo de água da região que desce para o São Gonçalo e do estuário do Guaíba para a Lagoa dos Patos, somadas ao vento nordeste, desfavorável para o escoamento natural da laguna no mar. Segundo o coordenador da Defesa Civil, Paulo Santos, a água ainda deve subir mais, mas não com tanta rapidez, já que o vento nesta terça-feira sopra mais fraco. “Hoje, como o vento está bem mais fraco, o nosso problema é a chuva” disse.

Muitas pessoas sugerem, especialmente nas redes sociais, o fechamento das comportas do Laranjal, tanto a da rua São José do Norte, quanto a da rótula do Shopping Mar de Dentro. Paulo explica que como o volume de água é muito grande não adiantaria fechar, pois de qualquer forma a água invadiria o mesmos espaços em que se encontra.

As secretarias envolvidas estão calculando os prejuízos públicos (ruas, espaços e materiais atingidos) e privados (casas e empresas), indispensáveis, conforme a legislação, no caso de uma provável decretação de emergência. Desta forma, processa-se o reconhecimento por parte do Estado e da União, com base nos níveis de danos.

Colônia Z3

Cerca de 160 pessoas estavam desabrigadas ou desalojadas já na noite de segunda-feira. Além do acolhimento no Salão Paroquial, muitos foram para a casa de parentes. O pároco padre Enéias Carniel está mobilizado junto à comunidade e trabalhava no salão da Igreja Santo Antônio na separação de roupas, alimentos e material de higiene e limpeza que serão levados às famílias da colônia de pescadores. A Secretaria de Justiça Social e Segurança (SJSS) também formou uma força tarefa com atendimento 24h para prestar auxílio às famílias da localidade.

Voluntários

Mais de 200 voluntários entraram em contato com a Defesa Civil para oferecer apoio. A partir da manhã desta terça-feira, eles estão sendo convidados a se dirigir até a Administração do Laranjal, que fica na avenida José Maria da Fontoura, ao lado da Igreja Santo Antônio.

Doações

A SJSS está arrecadando água potável, alimentos, materiais de limpeza e higiene e cobertores para serem doados aos desabrigados e desalojados pela enchente. As doações podem ser entregues na própria secretaria que fica na Marechal Deodoro 404 ou na sede da Administração do Laranjal, à rua José Maria da Fontoura, nº 775, ao lado da igreja.

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