Leilão da Bacia de Pelotas pode render até R$ 1,8 bi
Se os 51 blocos da Bacia de Pelotas, licitados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), forem arrematados pelo valor mínimo, serão arrecadados R$ 500 milhões.
Considerando que os investimentos para exploração devem ser superiores a R$ 1,3 bilhão, serão aportados, no mínimo, R$ 1,8 bilhão. A estimativa é da diretora geral da ANP, Magda Chambriard, que se reuniu com o vice-governador José Paulo Cairoli e o secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, ontem, no Palácio Piratini. Chambriard afirmou que 21 empresas já se habilitaram e destas, metade são grandes empresas nacionais, com participação de mais de oito países.
A executiva esteve no RS anunciando a 13ª Rodada de Licitações da ANP, prevista para 7 de outubro, que oferecerá 266 blocos em 22 setores de 10 bacias sedimentares, num total de aproximadamente 125 mil km², localizados em dez estados brasileiros. No Rio Grande do Sul serão 51 bacias, consideradas novas fronteiras.
“Só a possibilidade de o Rio Grande do Sul fazer parte dos estados produtores de petróleo já nos deixa esperançosos. Os investimentos serão benéficos a vários setores da nossa economia. Se no Uruguai já é explorado petróleo, há boa possibilidade de que também exista na nossa Metade Sul”, explica o vice-governador.
O secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, informou que o tema será pauta da próximna reunião do Copergs, que ocorrerá durante a Expointer, no dia 01 de setembro, na Casa da Farsul. “Nessa ocasião serão tratados, prioritariamente, os blocos ofertados na Bacia de Pelotas e os detalhes da 13ª Rodada”, acrescentou o secretário.
‘NOVOS OLHOS’
A diretora da ANP destacou que a Bacia de Pelotas é “olhada com novos olhos” e pode ter grande procura. “Já foi ofertada anteriormente, mas agora, com os estudos sismológicos mais avançados e com resultados positivos, deve ter atenção especial das empresas que participarão do processo”, disse Magda Chambriard.
Em terra, serão oferecidos sete blocos na Bacia do Amazonas e 22 na do Parnaíba, consideradas como novas fronteiras, com vocação para gás natural. Em bacias maduras, foram incluídos 71 blocos na Bacia Potiguar e 82 na do Recôncavo. O total de blocos terrestres é de 182.
No mar, a rodada vai oferecer áreas em bacias sedimentares da margem leste brasileira. Na Região Nordeste, serão 10 blocos na Bacia de Sergipe-Alagoas, quatro na de Jacuípe e nove na de Camamu-Almada. Na Região Sudeste, foram incluídos sete blocos na Bacia do Espírito Santo e três na de Campos. Na Região Sul, 51 blocos na Bacia de Pelotas. O total de blocos marítimos é 84. A ANP continua com a estratégia de diversificar áreas exploratórias no país, além de atrair empresas de diferentes perfis.