LIVRO : História e ficção no romance “Granito”
Nesta sexta às 14h e 17h, Janice Barth autografa o livro de estreia “Granito”
Por Carlos Cogoy
Shakespeare, Herman Melville, Machado de Assis, Monteiro Lobato, mas também as histórias e lendas narradas pela avó, que residiu no Capão do Leão. As diferentes influências literárias, desde os livros presenteados pelo pai na infância, e também as referências na pesquisa acadêmica – mestrado e doutorado em linguística -, foram proporcionando que a então leitora Janice Barth, rumasse para a aventura da escrita ficcional. Filha de mãe leonense, ela ambientou seu romance de estreia “Granito” (600 páginas), na região em que viveram gerações da ascendência materna. Pelotas também está inserida no livro, cuja publicação é do selo independente Memorabilia Books. Nesta sexta, a autora porto-alegrense estará realizando lançamentos na cidade. Às 14h, ela informa que estará na livraria Vanguarda no Shopping Pelotas. Já às 17h, autógrafos na Bibliotheca Pública Pelotense. No sábado às 16h, lançamento será na Casa de Cultura Hipólito José da Costa, no Capão do Leão. O exemplar está sendo comercializado a R$85,00.
ROMANCE narra quatro gerações da família da personagem Laura MacNeil. Na trama, acrescenta a autora, aspectos históricos, com nuances de literatura fantástica. Transitando entre realidade e sonho, a protagonista encontra a saga vivida pelos antepassados, depara-se com o sentimento amoroso, e percorre um circuito de conflitos e surpresas. Para elaborar o romance, a escritora relata que há três anos, dedicou-se à pesquisa para a base da obra. Assim, esteve no Capão do Leão, e procurou documentos sobre a história da família. Janice localizou certidões de nascimento e casamento, que contribuíram para conhecer mais sobre as gerações de familiares. A escritora observa que o avô foi graniteiro, uma atividade profissional pesada, que exigia técnica e implicava em riscos com as explosões. A partir das informações colhidas, durante dois anos ela esteve escrevendo a história. Janice diz que o método estilístico para organizar a obra, resulta das várias leituras no decorrer da vida. A 11 de outubro, o volume impresso saiu da gráfica. Cinco dias depois, ela já estava autografando na Feira do Livro de Santa Maria. Após os lançamentos na Zona Sul, ela também autografará na Feira do Livro em Porto Alegre. A venda online deve começar ainda este mês. Em Pelotas, pode ser adquirido na Vanguarda. Encomendas também no email: [email protected]
ESCREVER – Janice Barth foi comissária de voo, residiu em São Paulo, Rio de Janeiro, Canadá e EUA. De volta à cidade natal, foi professora universitária na Unisinos, Faculdades Riograndenses e São Judas Tadeu. Escrever para ela, é desafio, descoberta, prazer, realização e superação. Em relação ao ler/escrever, num País cuja maioria da população, luta para sobreviver, ela reconhece as necessidades, mas também observa que é possível criar alternativas. E exemplifica com a sua infância humilde. Ela jamais esqueceu as histórias que a avó contava. Já o pai a presenteava com livros. Em 2012, Janice foi premiada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Privado do RS, pois desenvolveu projeto em escola da periferia. Com base na linguagem teatral, as crianças interpretavam Shakespeare, em inglês e português. A experiência foi levada a diferentes palcos da capital gaúcha.