LIVRO : Lançamento virtual de “As Brumas de Pelotas”
Live será no aniversário da autora Helena Heloísa Manjourany Silva
Por Carlos Cogoy
Em dezembro ela foi eleita para o Conselho Municipal de Cultura. A professora e escritora pelotense Helena Heloisa Manjourany Silva, foi escolhida para representar o segmento literatura. Como autora, tem publicado desde 2010. Mas, nesta semana, estará lançando o primeiro livro. “As Brumas de Pelotas” (editora Pragamatha), mescla ficção e realidade, e terá lançamento virtual no aniversário da escritora. Na quinta, quando comemora oitenta anos, Helena Manjourany reunirá amigos numa live sobre a obra. A programação terá início às 19h, e a transmissão será via Facebook, acessando Pragmatha Editora.
VIRTUAL – Estão sendo convidados para a live, o escritor e poeta Jefferson Dieckman – preside a Academia Sul Lourenciana de Letras -, professora e autora Marielda Barcellos Medeiros (doutoranda em antropologia na UFPel), Marisia Vieira – preside o Centro Literário Pelotense (CLIPE) -, Olga Pereira (Academia Pelotense de Letras), revisora Terezinha Brandão e Sandra Veronese (Pragmatha Editora).
Helena Heloísa Manjourany Silva
BRUMAS – A escritora menciona sobre a obra: “O livro é uma produção antiga, anterior à pandemia. No volume, constam relatos da minha trajetória. Mas o trabalho mescla memórias e ficção, reunindo fatos reais e elementos fictícios. Longe de mim, a pretensão de interferir na opinião do leitor mas, se ele ama viver, gosta da mistura de luz e sombra, tenho a certeza de que verá, através de ‘As Brumas de Pelotas’, a empatia, o amor e a resistência de uma mulher que, aos oitenta anos, tem a coragem de lançar seu primeiro livro. Em relação ao título, observo que Pelotas é considerada, por alguns, como a Londres brasileira, devido ao nevoeiro que a cobre, principalmente ao amanhecer. Em alguns dias, sua teimosia é tanta que, somente sucumbe perante fortes raios do sol. Nevoeiro, neblina, cerração ou bruma? Tanto faz. Quando desce sobre a cidade tal qual um manto protetor, tudo parece fantástico. Transformar o cotidiano em algo irreal, olhar através da luz e sombra que a bruma produz, e visualizar ninfas, romance e o amor eterno. Então, muitos desafios”. O contato com a editora, ocorreu através da Academia Sul Lourenciana de Letras, que conta com a participação da autora.
TRAJETÓRIA – Helena Manjourany nasceu na granja Santa Terezinha, localidade do Retiro. Estimulada pelo pai Breno, desde cedo interessou-se pela leitura. A alfabetização ocorreu na Escola Hipólito José da Costa, e o ginasial e científico no São José. Entre as influências literárias, autores como Rubem Braga, Cora Coralina, Machado de Assis e Guimarães Rosa. Colaboradora do Diário da Manhã, publicou a primeira crônica em 2011. Entre as fontes de inspiração, cita o escritor e poeta pelotense Jorge Salis Goulart, e a mestra Griô Sirley Amaro. Mas ressalta: “No entanto, a vida foi a minha maior inspiradora”.
CONCULT – Sobre a responsabilidade como conselheira de cultura, ela expressa o compromisso com a literatura: “A ideia é fortalecer o livro, enquanto poderoso instrumento para preservar a saúde mental da população em geral. Para isso, é necessário garantir acessibilidade aos mais variados títulos e obras nas comunidades periféricas. Então, um meio é a distribuição de livros, como realiza o Kilombo Urbano Canto de Conexão. Além disso, o fomento de palestras, oficinas, contação de histórias, e estímulo à produção literária”.
