Diário da Manhã

domingo, 29 de dezembro de 2024

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LIVRO : Muitos os reencontros, poucos os evolutivos

03 julho
09:13 2020

Na publicação de Lígia Oliveira Barum, uma união que transcende o fim

Por Carlos Cogoy

Quase 65 anos de convivência, sendo 2,5 anos de namoro e noivado, e 61 anos de casamento. Lígia Oliveira Barum e Milton Rodrigues Barum, casaram-se em 1958. A união entre o militar e a professora, gerou os filhos Amílcar, Alexandre e Giane, e os netos Sylvia, Kassandra, Henrique, Nathalia e Luisa – esta de coração. Em 1971, o casal começou a procurar a doutrina espírita. Lígia sentia que a mãe – falecida há 25 anos -, estava tentando comunicar-se. Ela e o marido Milton também foram convidados, por Geraldo e Luiza, padrinhos de Lígia, a conhecer a Sociedade União e Instrução Espírita.

União além do tempo: Milton e Lígia

União além do tempo: Milton e Lígia

CHAMADO – O contato com a mãe, diz Lígia Barum, ocorreu numa reunião organizada pela amiga Nóris Helena. Desde então, o casal Milton e Lígia atendeu ao “chamado” do espiritismo, e prosseguiu convicto na doutrina. Em quase cinquenta anos de estudos, trabalhos mediúnicos e de divulgação, o casal manteve a coesão familiar, e tornou-se referência na Liga Espírita Pelotense (LEP). A 2 de novembro do ano passado, no entanto, após enfermidade, Milton faleceu aos 87 anos. Lígia recorda que, durante a despedida no velório e sepultamento, surpreendeu-se pois estava entristecida, mas manteve-se ponderada. O estranhamento, porém, seria esclarecido alguns meses depois.

REENCONTRO – Na trajetória, Lígia já havia psicografado as obras “A amarga experiência de um jovem” (1985), “Consequências de um deslize” (87), “E um grande amor os uniu” de 2006. Médium e palestrante espírita, ela conta que a 8 de abril deste ano, recebeu mensagem de um “amigo da Paz”. Na comunicação, a informação de que o espírito de Milton Barum estava amparado. No dia 2 de maio, a comunicação foi do próprio esposo, que exaltava o bem e o amor, e anunciava uma tarefa conjunta. Nesse “reencontro” do casal, Milton foi ditando uma obra. Psicografada por Lígia, a mensagem aborda desde lembranças da vida em família, até encarnações de Milton, cujas ações foram desencadeando erros e acertos. E, com isso, gerando consequências. No livro, além do reencontro espiritual do casal, algumas revelações das etapas evolutivas, inclusive narrando que o envolvimento de ambos foi anterior à jornada dos quase 65 anos juntos. Mas, como intitular a obra? A escolha pelo “Muitos chamados, poucos os escolhidos”, que está em Mateus 22:14, e aparece no capítulo XVIII de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, diz Lígia, surgiu através de sucessivos encontros com a mensagem. Ela menciona que uma nova obra está a caminho.

Filha Giane, escritora Lígia e Edenir Madeira (LEP

Filha Giane, escritora Lígia e Edenir Madeira (LEP

TRAJETÓRIAS – Milton Barum foi vice-presidente do Hospital Espírita de Pelotas, e presidiu a Sociedade União e Instrução Espírita, bem como a Liga Espírita Pelotense (LEP). Lígia foi a primeira mulher a presidir a Sociedade União e Instrução Espírita, estando à frente em três gestões, também presidiu o Conselho Deliberativo e o Hospital Espírita.

LIVRO – Os direitos autorais do livro serão para a Sociedade União, e a obra pode ser adquirida na Liga Espírita Pelotense (LEP) – rua Andrade Neves 981 -, que atende

das 14h às 16h. A sessão de autógrafos será marcada após a quarentena e o período de distanciamento social. Informações: (53) 3278.2660; 9 9118 .4104 (WhatsApp).

RÁDIO Tupanci AM 1.250 com o programa Terceiro Milênio da LEP, nesta sexta às 17h. O entrevistado Ari Carrasco abordará “O perdão”.

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