Diário da Manhã

segunda, 23 de dezembro de 2024

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LIVRO : “O Sopapo Contemporâneo” terá lançamento virtual

04 junho
11:14 2021

Câmara aprovou a lei que declara o Sopapo como patrimônio pelotense

Por Carlos Cogoy

Dia 21 deste mês, às 20h, live de lançamento do livro “O Sopapo Contemporâneo – Um Elo com a Ancestralidade” (210 páginas). A obra é autoria do pelotense José Madruga Baptista, o José Batista, filho do Griô Mestre Baptista (1936/2012). Idealizado por Sandra Narcizo que, à frente da MS2 Editora, durante quinze anos foi produtora do músico pelotense Giba Giba, um dos principais responsáveis pelo resgate tambor Sopapo, o livro terá distribuição gratuita. O volume sem custos foi viabilizado através de recursos da Lei nº 14.017/2020 – Lei Aldir Blanc. A partir do dia 15, informa a assessora de imprensa Silvia Mara Abreu, interessados poderão solicitar o exemplar através do email: [email protected]

Filho do Griô Mestre Baptista, autor José Batista preserva o legado

LIVE de lançamento reunirá o autor José Batista, secretário municipal de cultural Paulo Pedrozo, e a editora Sandra Narcizo. A mediação será da jornalista Sílvia Abreu. A transmissão acontece no Instagram @osopapocontemporaneo

LIVRO tem trinta capítulos e, além da narrativa de José Batista na primeira pessoa, também conta com depoimentos de Andrea Terra, Edu do Nascimento, Gustavo Türk, Leandro Anton, Lucas Kinoshita, Nise Franklin, Richard Serraria, Walter Mello Ferreira (Pingo Borel). A obra é ilustrada, e também será destinada a bibliotecas públicas e comunitárias do Estado, bem como entidades ligadas ao movimento negro, indígenas, quilombolas, periféricos, artistas, e comunidade acadêmica.

ELO – Criado pelos negros escravizados nas charqueadas, o tambor Sopapo marcou o Carnaval pelotense no século XX. Nas últimas décadas, no entanto, com as baterias locais inspiradas pelas escolas de samba cariocas, o instrumento foi perdendo espaço e quase foi esquecido. A memória e a técnica de confecção do tambor, foram mantidas pelo Mestre Baptista. Conforme a divulgação: “Em sua narrativa, o griô relembra um momento importante na trajetória de atualização do sopapo, o Projeto Cabobu, memorável encontro de percussionistas idealizado pelo músico e compositor Giba-Giba, realizado em Pelotas, no final dos anos 90. Por ocasião deste evento, mestre Baptista, pai do autor, hábil construtor de instrumentos de percussão, a pedido de Giba-Giba, assumiu o desafio de construir quarenta sopapos em seis meses, incumbência que coube ao então jovem José Batista realizar. É por meio da metodologia de construção do sopapo contemporâneo, desenvolvida por José Batista, cujo marco foi o Projeto Cabobu, que se impõe a intenção de salvaguardar o instrumento. Ao narrar este episódio, o autor reverencia outros mestres e mestras que deram grande contribuição ao desenvolvimento e à difusão do instrumento no Estado, como sua mãe, dona Maria, dona Sirley Amaro, dona Zuleica, Banha, Bucha e Cacaio, além de seu pai e do próprio Giba-Giba, entre outros”.

PATRIMÔNIO – Ao fim de maio, houve a aprovação unânime na Câmara Municipal, do projeto de Lei, autoria do vereador Paulo Coitinho (Cidadania), que declara o Sopapo como Patrimônio Imaterial da Cultura Pelotense. Desde 18 de novembro de 2018, através do Decreto nº 6.130, o sopapo é símbolo de Pelotas. A próxima etapa, conforme o ex-vereador Luiz Carlos Mattozo, que está à frente do Museu do Percurso do Negro, é o reconhecimento do tambor como Patrimônio Histórico e Cultural do Estado.

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