LIVRO : Obra infantojuvenil sobre a vida de Luciana Lealdina de Araújo
Nono livro de Jorge Braga terá lançamento presencial
Por Carlos Cogoy
No bairro Cruzeiro, a rua que homenageava o escravista Barão de Cotegipe, trocou de nome em maio do ano passado. Após mobilização de moradores e lideranças comunitárias, a rua passou a ser designada como Luciana Lealdina de Araújo (1870/1930), numa homenagem à filha de mãe escravizada, que criou o Instituto São Benedito. Em Pelotas, ela também é lembrada através da Escola Municipal de Ensino Fundamental Luciana de Araújo, que está em atividade há mais de setenta anos. E foi numa troca de ideias, entre o escritor Jorge Braga e a diretora Simoni Tomaschewski, que surgiu a ideia de uma publicação sobre a vida de Luciana de Araújo. O autor divulga que a obra, infantojuventil, conta com ilustrações de Larissa Silva, e tem 28 páginas. O lançamento presencial ainda está sendo definido pelo escritor. A aquisição, com exemplar a R$20,00, acontece diretamente com o autor. Outra iniciativa é pagar R$25,00, pelo volume. Com isso, um outro exemplar será destinado para aluno da escola. Informações via Facebook, acessando Jorge Braga.
SÃO BENEDITO – Filha de mãe escrava, ao chegar em Pelotas, Luciana Araújo deparou-se com meninas negras órfãs. Ela estava enferma, com tuberculose, e fez uma promessa a São Benedito. Se fosse curada, auxiliaria as crianças. Recuperada fisicamente, em 1901 ela esteve à frente da fundação do Asilo de Órfãs São Benedito. A primeira sede foi a casa 7 à Praça da Matriz – atual José Bonifácio – onde funcionou até 1915. Para manter o espaço, Luciana era quitandeira, e também percorria a comunidade para angariar doações. Em 1908 ela mudou-se para Bagé e, em 1951, o asilo passou a chamar-se Instituto São Benedito.
BAGÉ – Em 1909 na Rainha da Fronteira, Luciana Araújo criou o Orfanato São Benedito. Após período na direção, entre 1922 e 30, Luciana coordenou uma creche para criança pobres. Em Bagé, ela também é homenageada com o nome de rua.