LIVRO : Os sonhos e a vida de jovem com Síndrome de Down
Sexta em Rio Grande e sábado em Pelotas, agenda do escritor Vinicus Streda que abordará sobre a inclusão social
Por Carlos Cogoy
Na primeira parte do livro, ele conta sobre os obstáculos, conquistas e desejos. Também os amores, desejos e aspirações. A narrativa aborda sobre as dificuldades de quem não dispõe, das mesmas oportunidades dos considerados “normais”. Com isso, ressalta a necessidade de apoio aos projetos de inclusão. Na segunda parte do livro “Nunca deixe de sonhar – os sonhos e a vida de um jovem com Síndrome de Down”, escritor Vinicius Ergang Streda (30 anos), reúne depoimentos dos pais e irmão. A conclusão é da psicopedagoga Carina Streda, prima do autor, que também orientou etapas da escrita. Ela divide a autoria da obra, cuja elaboração ocorreu em 2009. O lançamento, informa Vinicius, aconteceu a 31 de agosto de 2010. Desde então, ele tem percorrido diferentes municípios gaúchos, bem como já autografou e palestrou em Alagoas e Sergipe. Nesta semana, será a vez da Zona Sul, com agenda em Rio Grande Pelotas. Na sexta-feira às 18h30min, Vinicius estará em Rio Grande, onde palestrará no Centro de Convívio dos Meninos do Mar (CCMAR/Furg), à rua Visconde de Paranaguá 24.
PELOTAS – Na cidade, a atividade, palestra e lançamento do livro, acontecerão sábado às 15h no auditório da Escola São Francisco de Assis 1.692. A organização está a cargo da Associação de Pais de Down de Pelotas (APADPel). Ingresso a R$15,00, porém até amanhã está sendo realizada promoção. Para participar e, além do ingresso, também ganhar uma camiseta da APADPel, basta entrar no “link”, que pode ser acessado na Fanpage Associação de Pais de Down de Pelotas, e clicar em “Quero Participar”. Posteriormente, curtir a Fanpage, compartilhar em modo público, e marcar dois amigos nos comentários. O vencedor será conhecido na véspera do evento.
HISTÓRIA – Vinicius nasceu com a Síndrome de Down, frequentou escola especial e foi escolarizado no ensino regular. Ele chegou a começar o ensino médio, mas encontrou dificuldades. Daí, formou-se na educação de jovens e adultos. Como projetos, além de novo livro, também o sonho de cursar as artes cênicas. Ele revela: “Quero muito ser ator”. Sobre a trajetória, ele menciona: “O primeiro processo de inclusão social, acontece na própria família, pois te acolhe, dá amor e muito carinho. Meus pais, irmão, tios, padrinhos e madrinhas, todos são muito importantes. Com a ideia do livro, queria contar sobre a minha experiência de vida, destacando a inclusão social. E tive muitas dificuldades para escrever. Então convidei a prima Carina, que é mestranda na UFRGS. As minhas ideias eram muito precárias.
Mas, com a Carina, aprendi a organizá-las. E fui lendo várias vezes o que estava escrevendo, então aprendi muito. E gostaria de registrar nessa matéria para o Diário da Manhã, um assunto de grande abrangência que é a área da inclusão social. A Síndrome de Down não é doença, e queremos ser iguais. Então devemos ser tratados com naturalidade e respeito, considerando a autonomia e independência de vida. O que me deixa feliz é que estou respondendo uma entrevista, e sendo valorizado como escritor. Outro aspecto é que também me identifico muito com as bandas que tocam em bailes. Por exemplo, Indústria Musical, Rogério Magrão e banda, Rainha Musical, Os Atuais. Já a banda Novo Destino tem como música de trabalho ‘Ninguém é de Ninguém’, uma composição minha”.
APADPel completou o primeiro ano em abril. O grupo, que surgiu com base nos princípios “defender os direitos e os interesses das pessoas com Síndrome de Down de Pelotas e arredores, e promover a aproximação, cooperação e integração dos pais das pessoas com Síndrome de Down”, em março realizou programação local alusiva à Semana Estadual de Conscientização sobre a Síndrome de Down. Com o tema geral “Conhecer para incluir”, a semana aconteceu entre os dias 16 e 25. Contatos no email: [email protected]
CONSCIENTIZAÇÃO – Entre as atividades na programação, exposição, apresentaçõs artísticas, caminhada, palestras, debate, filme, desfile de moda e piquenique.
HISTÓRIA da APADPel começou com o grupo “Super Mães 21”. Reunidas para buscar benefícios aos filhos com Down, elas decidiram pela criação da Associação.