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quinta, 14 de novembro de 2024

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LONGO CAMINHO : Mudança de bandeiras impacta novamente no futebol gaúcho

22 junho
08:55 2020

Enquanto o tempo corre, indefinições quanto à retomada do esporte com a pandemia permanecem

Por: Henrique König

Acelerar o processo para retornar gradualmente aos treinos, certo? Não é bem assim. O Rio Grande do Sul tem passado pelo auge da pandemia do novo coronavírus. O número de casos e o de mortes pelo estado tem crescido aos maiores níveis, de acordo com as divulgações da Secretaria de Saúde. Pelotas, por exemplo, confirmou a primeira morte e teve sua mudança de bandeira do amarelo para o laranja, no levantamento do controle do isolamento social. Outras regiões estão bem mais agravadas e passaram do risco laranja para o vermelho. É o caso da região metropolitana de Porto Alegre e parte da serra gaúcha. A menos de um mês da volta do Estadual, programada para o dia 19 de julho, aumentam as indefinições.

Grêmio, Internacional e São José entravam de cabeça nos treinos: agora dependem da prefeitura de Porto Alegre Foto: Divulgação / Grêmio FBPA

Grêmio, Internacional e São José entravam de cabeça nos treinos: agora dependem da prefeitura de Porto Alegre
Foto: Divulgação / Grêmio FBPA

“Só vamos ter futebol se for tratado como um caso de excepcionalidade”, comentou o vice-presidente de futebol do Grêmio, sr. Paulo Luz. O vice do Inter, Alexandre Barcellos pronunciou-se: “Essa mudança da bandeira (em Porto Alegre) traz um retrocesso no sentindo dos treinos. Há uma expectativa que o prefeito possa flexibilizá-los. Vamos aguardar este pronunciamento”, comentou para a Rádio GreNal.

Porto Alegre e Novo Hamburgo passaram da bandeira laranja para a vermelha. Isso significa que Grêmio, Internacional, São José e Noia não poderiam executar sequer os treinos físicos. Segundo o protocolo de saúde, cidades com bandeira laranja podem ter os clubes com treinamentos físicos, repletos de restrições. As atividades coletivas, que definem na prática os posicionamentos e estratégias de jogo, são proibidas. Já com a bandeira vermelha, os clubes deveriam ficar fechados.

Pelotas saiu da bandeira amarela, em que os treinos estariam mais seguros para a volta, e foi para a bandeira laranja. GE Brasil e EC Pelotas ainda podem negociar com a prefeitura a retomada gradual das atividades. Será uma semana de novas conversas com o gabinete especial de crise.

Também para a Rádio Grenal, o presidente xavante, Ricardo Fonseca se manifestou no domingo: “Estávamos programando nosso retorno, mas agora iremos fazer uma nova avaliação. Gostaria que cada clube pudesse jogar em sua localidade, mas ainda não sabemos quando retornam os campeonatos. É preocupante.” Ricardinho ainda declarou que sua expectativa pelo Campeonato Brasileiro da Série B é para o mês de setembro.

Do lado do Pelotas, o presidente Gilmar Schneider tem apontado sua preocupação com o distanciamento de datas entre o fechamento do Campeonato Gaúcho e o começo da Série D. Ao que tudo indica, com a possibilidade das datas estaduais serem revistas, não mais para a retomada em 19 de julho, a proximidade com a quarta divisão nacional seria maior. Segundo os gestores do Lobão, o novo elenco de futebol do Pelotas está bastante encaminhado. Para o Gauchão seria um plantel ainda reduzido, com novas peças a serem adquiridas para a Série D.

Com indefinições e novas entrevistas para repercutir durante a semana, o que se sabe é que a Federação Gaúcha emitiu um protocolo no último dia 18, com esquemas especiais para os jogos de finalização do Estadual. Baterias de testes, protocolos para concentração para as partidas e chegadas ao estádio e redução no número de profissionais que trabalham a cada jogo são algumas medidas tomadas. A FGF selecionou Porto Alegre, Novo Hamburgo (bandeira vermelha), Caxias do Sul, Bento Gonçalves e São Leopoldo (laranja) para sediarem os jogos finais do campeonato. Em Pelotas, que passou do amarelo ao laranja, somente o clássico Bra-Pel da Boca do Lobo.

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