LUTO XAVANTE : Cinco anos de saudade do ídolo
Um dia em que os rubro-negros não querem lembrar, mas jamais vão esquecer. Depois de um jogo-treino na localidade de Vale do Sol, em Santa Cruz do Sul, o ônibus, que conduzia a delegação de volta para Pelotas, tombou no km 150 da BR 392, em Canguçu. O acidente causou a morte do ídolo Cláudio Milar; do zagueiro Régis; e do treinador de goleiros, Giovane Guimarães. Hoje, completa cinco anos dessa que foi a maior tragédia envolvendo o futebol gaúcho.
Na tarde do dia 15 de janeiro de 2009, o Brasil realizou um amistoso diante do Santa Cruz. Venceu o jogo por 2 a 1 – um dos gols de Milar, cobrando pênalti. O último gol do ídolo xavante e, por ironia, sem a assistência da torcida rubro-negra. Em 208 jogos com a camisa do clube, o atacante marcou 110 gols. Seu sonho era encerrar a carreira em dois anos, justamente no centenário do Brasil. E pretendia também se tornar presidente do clube. Planos que foram ceifados naquela noite trágica.
Se Milar se tornou o ídolo eterno dos xavantes, as outras duas vítimas do acidente eram identificadas igualmente com o clube – por serem da cidade e por terem vínculo profundo com o Brasil. Régis jogava no time havia cinco anos; e Giovane Guimarães tinha sido goleiro revelado na base rubro-negra.
As marcas dessa tragédia ficarão para sempre, mas as consequências só no ano passado foram superadas. O Brasil desceu para a segunda divisão em 2009 por causa do acidente. E, em 2013, conseguiu recuperar seu posto na elite do futebol gaúcho.