MAGISTÉRIO/RS : CPERS rejeita nova proposta de Eduardo Leite
A greve dos professores estaduais do Rio Grande do Sul continua. Após deliberações na manhã desta última sexta-feira(13) os professores rejeitaram novamente o projeto que altera a carreira da categoria. A presidente do Cpers/sindicato, Helenir Schürer, afirmou que, diferentemente do que foi apresentado pelo governador Eduardo Leite na quinta-feira(12), o reajuste real em três anos ficará muito abaixo de 19,8%, porque, na prática, com o fim das vantagens temporais, é como se os valores saíssem dos triênios que os docentes em atividade atualmente recebem.
Para explicar a situação, a sindicalista utilizou o exemplo do que acontece com o seu próprio salário, atualmente de R$ 1.795. Deste valor, segundo ela, o básico fica em R$ 1.282,25 e os R$ 512,89 são referentes a triênios. Pela proposta do governo, em 2020 o valor a ser recebido por ela seria de R$ 1.650,89. Ou seja, no primeiro ano sobrariam R$ 144,25 dos triênios. No ano seguinte, o subsídio aumentaria para R$ 1.753, restando R$ 42 dos triênios e, em 2022, com o pagamento de R$ 1.861,95 – o que superaria pela primeira vez o que a professora atualmente recebe -, sobrariam R$ 66. Pelos cálculos do sindicato, o acréscimo real ficaria em 3%.
Ainda segundo Helenir Schürer, a menos que o governo retire o pacote ou apresente algum outro projeto que represente um aumento considerado real pela categoria, a greve continuará forte. Nos dias 17, 18 e 19 de dezembro, quando o projeto deve entrar em votação na Assembleia Legislativa, os professores prometem grande ato. De acordo com ela, os professores só recuperarão as aulas perdidas durante a paralisação se o Executivo garantir que não haverá desconto destes dias, como sempre ocorre. “Agora, se o governo continuar nessa questão de corte do salário, vai ter que responder para as famílias dos alunos, quem dará aula pra fechar o ano letivo? Nós é que não seremos”, afirmou Helenir.