Diário da Manhã

Por: Henrique König

A Malgi Futsal passou pelo qualificado time de Carlos Barbosa na fase semifinal e decide o Estadual Feminino contra a Celemaster mais uma vez. É o clássico do Futsal Feminino Gaúcho. No ano anterior, a Malgi perdeu o jogo da final em casa e venceu fora, forçando a prorrogação, mas ficando com o vice-campeonato. Este ano, Malgi e Celemaster duelaram duas vezes na fase de classificação: vitória pelotense em Pelotas, vitória das atuais campeãs em Uruguaiana. Tudo pode acontecer na decisão.

Maurício acredita em ajustes e motivação: “Trazer esse título inédito para Malgi e para Pelotas”

Experiente treinador à frente do projeto, Maurício Giusti busca esse título inédito após vice-campeonatos. Ele comenta a campanha até aqui. “Abaixo do que esperávamos, porque tropeçamos em jogos contra Carlos Barbosa e Lajeado. Queríamos o máximo de pontos para trazer uma possível final para casa. Mas foi importante decidirmos a semifinal em casa. O nível das adversárias foi forte, excelente, plantéis qualificados com atletas de fora.”

Maurício afirma que a Malgi consegue jogar bem em quadra de 40x20m, mas na cidade apenas o Sesi possui essas dimensões. Por considerarem que a quadra tem escorregado muito, prefeririam trazer os jogos para o Sest Senat. “A semifinal foi muito disputada. Pela quadra em Carlos Barbosa ser grande, conseguimos dominar, pressionar e impor erros a elas. Na classificatória, erramos e elas fizeram gols. Lá, elas erraram e nos cederam os gols. Controlamos o jogo até o final e saímos com a vitória.”

Malgi é um time de muita organização e vibração em quadra: Futsal Feminino de qualidade em Pelotas

Destaque individual da Malgi na semifinal foi a pivô Karina, com dois gols na ida na serra e dois gols na volta no Sest Senat. “Uma grande atuação coletiva e o destaque individual lá foi a Karina, com dois gols. Um driblando a goleira e o outro de calcanhar, à la Ferrão, no improviso.”

Maurício comenta mais sobre a atleta formada na Malgi: “Karina vem em crescente, evolução física, técnica e maturando mais o jogo. Joga na intensidade do time. Nossas atletas formadas aqui tem essa intensidade absurda: a Duda, a Evelyn, a Larissa, a Grila, a Marília e as gurias que vieram de fora também. Então a Karina jogando nessa intensidade tem uma qualidade absurda, sabe driblar para os dois lados e finalizar com as duas pernas. Conseguiu muita confiança também com a qualidade da Pelé. É peça fundamental no mata-mata e nos ajudou com os quatro gols na semi”.

Para final, Maurício imagina jogos equilibrados e tensos diante da Celemaster. “Não nos colocamos como inimigas. A Malgi sempre foi de jogar o seu jogo e esquecer o adversário. Entregamos tudo dentro de quadra e jogamos para nossa torcida e nossa comunidade, que é pequena, mas apaixonada pela Malgi. Tivemos contato com um torcedor que vai fazer um bandeirão para o time, também querem fazer excursão para Uruguaiana na grande final. Jogamos de forma dura, com intensidade, mas com lealdade e honestidade. Queremos fazer uma vitória na ida para levar a vantagem e tentar o título inédito lá. Creio que o projeto tem merecido. Se o título não vier, faz parte, a jornada é assim. Entramos dispostos a tudo. Vamos construir o resultado em quadra e o título vai para equipe que errar menos.”

Infelizmente, a capitã e camisa 10 Larissa está fora das fases decisivas por ter fraturado o tornozelo. O grupo promete se esforçar pela atleta que é um dos símbolos de qualidade e raça pela equipe.

Maurício comenta as últimas mensagens para o grupo antes das finais: “É uma jornada longa. Na final, procurar ajustes, como bola parada, situações que podem decidir os jogos. O resto é entrega e motivação, que vem de cada uma, na busca por esse título inédito. Pode ser um título inédito para Malgi e para nossa região. O investimento de Uruguaiana é muito maior que o nosso e isso faz diferença em estrutura e na contratação de atletas. Temos um grupo reduzido, mas com muita qualidade e entrega”.

E para o público: “Nossa torcida tem a cara da Malgi. É um público respeitador. Quando ganha, vibra demais com a equipe e, quando perde, também aplaude junto, dá parabéns. Nunca ouvi alguém na Malgi hostilizar equipe adversária, receber com cusparadas, racismo ou homofobia”.

Maurício é um batalhador pelo Futsal Feminino. Está sempre ativo discutindo fórmulas e querendo o melhor para o esporte gaúcho, de repente para ser potência junto a outros grandes centros do país.

As finais entre Malgi e Celemaster serão definidas. Jogo de ida em Pelotas, no Sest Senat, e jogo de volta em Uruguaiana.

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