MANDADOS DE PRISÃO : Polícia Federal caça bando que roubou CEF em Canguçu
Cinquenta policiais federais participam da Operação Jugular em vários municípios. Em 11 de agosto do ano passado, ladrões usaram explosivos que destruíram a agência.
Terça pela manhã, dezenas de policiais federais, desencadearam a Operação Jugular. Com ações em municípios como Santa Cruz do Sul, Lajeado, Osório, e até no Mato Grosso do Sul, a operação visa o cumprimento de mandados de busca e apreensão. Na mira, suspeitos de envolvimento no roubo, realizado há quase um ano à agência da Caixa Econômica Federal (CEF), em Canguçu. No roubo durante o início da madrugada de um domingo, quadrilha foi ousada e usou explosivos, queimou veículo para impedir o deslocamento de viaturas da Brigada Militar, fez reféns para “cordão humano” e, na rota de fuga, tentou assaltar posto de combustível.
MANDADOS – Expedidos pela justiça federal em Pelotas, os mandados de busca e apreensão foram assim distribuídos: três em Santa Cruz do Sul; cinco em Lajeado; um em Osório; um em Mundo Novo no Mato Grosso do Sul. Durante os mandados de busca, conforme a PF, um homem foi preso em flagrante porque estava com uma moto roubada. Em Lajeado houve a apreensão de R$20 mil. Quatro suspeitos são investigados no inquérito da Polícia Federal, sendo que uma delas morreu no assalto. A operação, no entanto, não tem mandados de prisão a serem cumpridos.
JUGULAR – A operação desta terça recebeu o nome de Jugular. E a PF explica a escolha por ser uma importante veia responsável por transportar o sangue até o restante corpo, simbolizando a ligação da cabeça com outros membros. A referência se faz em razão do chefe da quadrilha – cabeça – ter morrido.
Ousadia dos criminosos e um policial ferido
Na madrugada de 11 de agosto do ano passado, um sábado para domingo, uma quadrilha de assaltantes invadiu a cidade de Canguçu para assaltar a agência da Caixa Econômica Federal. Os bandidos, fortemente armados, se dividiram em dois grupos. Um deles foi arrombar a agência e explodir o cofre do banco. Enquanto isso, outro grupo executava um ataque ao quartel da Polícia Militar, com o objetivo de impossibilitar a ação dos policiais. Os criminosos estacionaram um carro roubado no portão do prédio, atearam fogo no veículo e atiraram contra o quartel. Os cinco passageiros rendidos foram feitos reféns e obrigados a formarem um cordão humano, para evitar que os policiais reagissem.
Finalizado o ataque à agência da CEF, o bando liberou os reféns e fugiu em dois carros. Já na ERS-265, dois policiais civis, que haviam sido alertados sobre a ocorrência, tentaram interceptar os carros e deram início a uma perseguição aos criminosos. Após uma troca de tiros, o policial civil Paulo Volmir Lourenço foi atingido no ombro e encaminhado ao hospital.
Na sequência da fuga, os bandidos roubaram outro veículo e, ao pararem para abastecer em um posto de combustível na BR-392, houve nova troca de tiros, dessa vez com o segurança do local. Um dos criminosos foi baleado. Ele foi levado pelos comparsas no sentido de Encruzilhada do Sul e, no limite da cidade, deixado na estrada junto com o veículo. Ele era o líder da quadrilha e acabou morrendo.