Diário da Manhã

Márcio Hahn negocia permanência no Brasil e fala de identificação com o clube
Foto: Alisson Assumpção/DM

Márcio Hahn esteve reunido com a diretoria do Brasil nesta terça-feira e saiu otimista quanto à possibilidade de renovação do contrato. “Houve uma proposta, eu fiz uma contraposta, e até quinta-feira devemos ter uma definição”, diz o meio-campista. Jogador importante no elenco rubro-negro, Hahn pode ser peça fundamental no retorno do clube ao Gauchão. Até porque, o volante tem história nesta divisão, pois foi campeão por duas vezes: Caxias, em 2000; e Internacional, em 2002.

Márcio Henrique Borges Hahn, 36 anos, é mais um jogador que revela o desejo de continuar no Brasil “pela identificação com o clube e pelo trabalho que tem sido feito pelo ‘professor’ Rogério”. O meio-campista não esconde a admiração e reconhecimento pelo comandante da equipe rubro-negra, comparando Rogério Zimmermann a Tite – técnico (de saída) do Corinthians.

Permanência

Márcio Hahn estaria nos planos do São Luiz. Na verdade, o clube de Ijuí estava contratando era outro volante, que jogava na cidade: Paraná, do Pelotas. Mas o Veranópolis e o Novo Hamburgo teriam sim o interesse de levar o jogador rubro-negro. “Não conversei com ninguém. Minha prioridade é o Brasil. Primeiro vou tentar definir minha permanência aqui”, afirma.

Ficar trocando de clube não o estilo de Márcio Hahn. Ele prefere dar sequência se os resultados estiverem aparecendo. Pelo Novo Hamburgo, ele disputou cinco edições de Gauchão (2008, 2010, 2011, 2012, 2013), realizando mais de 160 partidas com a camisa anilada. No Brasil, Hahn está pela segunda fez. Disputou o Brasileiro da Série C de 2010 e retornou neste ano para participar da campanha de acesso à primeira Divisão.

Márcio Hahn é mais uma voz a enaltecer a campanha do Brasil em 2013. “Conquistamos o acesso que era o principal objetivo do ano. Chegamos a todas as finais no segundo semestre e só não chegamos a final da Willy Sanvitto, mas saímos fora da competição sem perder”, enfatiza. No Gauchão, ele sonha em dar a volta olímpica, como fez por outra equipe do interior: o Caxias. “Já entrei para a história por ser campeão por um time do interior”, completa.

“Professor”

Ao ser questionado sobre a diferença de Rogério Zimmermann para os outros treinadores, Márcio Hahn recorre a uma série de adjetivos. “É o perfil, o caráter, é extremamente correto, sério, tem a índole que falta há muita gente no futebol. Poucos falam as coisas olho no olho. O Rogério fala olho no olho. Por isso, ele tem o grupo na mão”, elogia o volante.

“Nenhum técnico fica 10 anos no Grêmio por acaso”, acrescenta, lembrando a trajetória de Zimmermann nas categorias de base do Tricolor. “Eu digo para os garotos: aproveitem bem a chance de trabalhar com o Rogério, porque ele ensina, ele diz tudo o que vai acontecer no jogo. Ele é um estudioso do futebol. Não adianta ser estrategista. O estrategista prepara o time só para um jogo. O Rogério é um estudioso”, continua.

Hahn compara Zimmermann a Tite – técnico com quem trabalhou no Caxias, em 2000. E prevê que o treinador do Brasil pode alcançar também status na elite do futebol nacional. “O Rogério está só de passagem pelo Brasil, apesar de ter toda esta identificação com o clube. Prova disso é que as duas vezes em que o Brasil ganhou a Série B, o Rogério era o técnico. No ano passado, fez aquele trabalho no Canoas, que todos já consideravam rebaixado e acabando se salvando”, encerra.

Time para o Gauchão

Dando prioridade a garantia de permanência dos jogadores titulares deste ano para a disputa do Gauchão, a diretoria do Brasil está perto de confirmar a dupla de zaga para 2014. Cirilo diz que a negociação está encaminhada. “O clube está interessado e eu também tenho interesse de continuar no clube”, afirma. O acerto com Fernando Cardozo é dado também como certo. Assim, dos titulares da defesa, ficaria restando apenas Wender. Ricardo Bierhals e Rafael Forster já tinham renovado contrato. Os laterais reservas Tiago Rannow e Edu Silva perderam espaço no grupo.