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domingo, 28 de abril de 2024

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Médicos decidem entrar em estado de greve

Médicos decidem entrar em estado de greve
05 abril
09:38 2016

Categoria fará mobilização no dia 14

 

Em assembleia na noite da segunda-feira, 4, na sede do Sindicato Médico do RS (SIMERS) em Pelotas, os médicos municipários decidiram entrar em estado de greve, por tempo indeterminado, e promover uma mobilização da categoria no próximo dia 14 de abril. Em estado de greve, os atendimentos são mantidos, mas os profissionais continuam mobilizados e podem promover paralisações temporárias.

 

A decisão foi tomada após os profissionais terem pressionado, no último final de semana, os vereadores de Pelotas a derrubar projetos do Executivo que não contemplavam a categoria. Entre eles estava uma proposta de abono salarial para a categoria médica muito abaixo da remuneração médica do mercado. Outra proposta pretendia dar aumento para os médicos em contrato emergencial sem contemplar os profissionais da rede municipal.

 

De acordo com a vice-presidente do SIMERS, Maria Rita de Assis Brasil, o objetivo da mobilização dos médicos, além de lutar por melhores salários e condições de trabalho, é de que a Prefeitura rediscuta o papel da Medicina no município. “Essa mobilização mostrou a força da categoria aqui em Pelotas. O prefeito Eduardo Leite tem se mostrado insensível uma interlocução com os médicos que dão o atendimento básico à população”, afirmou.

Também participaram do encontro o diretor do SIMERS, Marcos Schenatto, e o delegado dos médicos municipários, Luiz Fernando de Barros.

 

Reivindicações da categoria

 

Desde o ano passado, o Sindicato vem realizando vistoria nos postos de saúde e locais de atendimento e comprovando o descaso e a precariedade dos estabelecimentos. Os médicos municipários querem a implementação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), a normatização da redução a normatização da redução da carga horária da categoria para o máximo de 20 horas semanais, mantidas as atuais remunerações, e a inclusão de gratificação de função, baseada no maior percentual pago pelo município.  No total, Pelotas conta com 90 profissionais ligados ao município. No dia 1º de março, o SIMERS e os médicos encaminharam ofício à Prefeitura com as reivindicações e deu prazo de 10 dias úteis para o Executivo se manifestasse sobre a abertura das negociações. Como isto não ocorreu, a categoria continuou mobilizada e, por causa disso, entrou em contato com a Câmara Municipal.

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Hélio Freitag Júnior

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