Melhor ataque, zaga firme
Um time com o melhor ataque da competição e uma defesa que não sofre gol há quatro partidas tem motivo de sobra para estar confiante na classificação para a final. Mesmo que a decisão seja fora de casa. Mas é longe do Bento Freitas que o Brasil tem completado seus grandes feitos nos últimos três anos.
O ataque do Brasil passou em “branco” nas duas últimas partidas. Em Fortaleza não precisava marcar gol e sim defender a vantagem, que assegurou acesso à Série B do Brasileiro. Diante do Vila Nova, no Bento Freitas, não colocou a bola na rede, mas não foi por falta de produção. Houve pelo menos cinco chances de gol na partida, que terminou no empate por 0 a 0.
Um gol no Serra Dourada, dia 2 de fevereiro, pode ser suficiente para assegurar vaga na final da Série C. O empate com gol serve ao Rubro-Negro, que mantém o melhor ataque da competição, com 31 gols em 21 jogos.
EQUILÍBRIO – O Brasil recuperou o equilíbrio, que o caracterizou nas últimas temporadas: ataque de muitos gols e defesa segura. Nas últimas quatro partidas, o time não sofreu gol. Sem contar os minutos de acréscimo ao final de cada tempo, o período de invencibilidade defensiva já chega aos 360 minutos.
É justamente na capacidade do melhor ataque da Série C e na defesa, que se sustenta invicta há quatro jogos, que o Brasil alimenta a esperança de mais uma conquista fora de casa. Depois de calar o Castelão, a missão é silenciar o Serra Dourada.
2ª final
Além de buscar vaga numa segunda final de Brasileiro em anos consecutivos e ter o direito de sonhar com inédito título nacional, a partida diante do Vila Nova, em Goiânia, tem mais um significado para o Brasil. É a oportunidade de apagar a sensação de injustiça gerada no ano passado, quando sete jogadores foram suspensos dois dias antes de decidir a Série D com o Tombense em Minas Gerais.
Por conta da confusão de Londrina na partida de volta das semifinais, o Brasil perdeu sete jogadores para a partida em Murié: Cirilo, Brock, Nunes, Zotti (hoje, no Vila Nova), Gustavo Papa, Márcio Jonatan e Éder,, além do técnico Rogério Zimmermann. Todos punidos em julgamento no STJD.
O capitão Leandro Leite aponta ainda outra razão para o desejo de chegar à final. “Não sabemos quando teremos outra oportunidade de disputar uma semifinal ou final de Brasileiro”, afirma.
O grupo do Brasil começa nesta quarta-feira a preparação para a decisão diante do Vila Nova, no Serra Dourada. A principal questão da semana é sobre quem irá substituir Nena, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. A tendência é que Gustavo Papa tenha a chance pela primeira vez neste Brasileiro de começar uma partida como titular.
Não ter jogado antes não significa que ele esteja desprestigiado. Pelo contrário. Papa tem sido um elemento importante – inclusive, com aproveitamento tático durante os jogos. Além de sua conhecida eficiência na bola aérea, ele tem sido usado pelo lado do campo, com a missão de recuar na marcação ao lateral adversário.
Em favor de Papa tem ainda o carisma com a torcida. O carinho da torcida se manifesta em aplausos, quando o atacante é chamado para entrar em campo – mesmo que seja nos minutos finais do jogo.