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terça, 19 de novembro de 2024

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Michel Temer diz que fica

19 maio
08:34 2017

Contrariando algumas expectativas sobre renúncia, o presidente Michel Temer afirmou ontem à tarde no Palácio do Planalto que não teme delação e que não renunciará. Ele fez um pronunciamento motivado pela delação premiada dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos da JBS. As delações já foram homologadas pelo Supremo Tribunal Federal. Ainda ontem, o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, autorizou a abertura de inquérito para investigar o presidente.

“No Supremo, mostrarei que não tenho nenhum envolvimento com esses fatos. Não renunciarei. Repito: não renunciarei. Sei o que fiz e sei a correção dos meus atos. Exijo investigação plena e muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro. Essa situação de dubiedade e de dúvida não pode persistir por muito tempo”, declarou Temer.

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Reportagem publicada no site do jornal “O Globo” na quarta (17) informou que Joesley Batista entregou à Procuradoria Geral da República (PGR) gravação de conversa na qual ele e Temer falaram sobre a compra do silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na Operação Lava Jato.

“Não temo nenhuma delação, nada tenho a esconder”, disse Temer. “Nunca autorizei que se utilizasse meu nome”, declarou o presidente.

Ele afirmou que nunca autorizou que se pagasse a alguém para ficar calado. “Em nenhum momento autorizei que pagasse a quem quer que seja para ficar calado. Não comprei o silêncio de ninguém”, declarou.

Temer disse que pediu oficialmente ao Supremo acesso ao conteúdo das delações, mas não conseguiu. Segundo o presidente, “a revelação de conversas gravadas clandestinamente trouxe fantasmas de crise política de proporção ainda não dimensionada”.

IMPEACHMENT

Deputados do PSDB protocolaram nesta quinta-feira (18), um pedido de impeachment contra o presidente Michel Temer com base no conteúdo das delações premiadas da JBS. Pelo menos sete deputados do partido, que ainda não anunciou oficialmente a sua saída da base aliada, assinaram o pedido. A ação foi articulada pelo deputado João Gualberto (PSDB-BA).

Esse é o quarto pedido de impeachment protocolado desde quarta-feira, quando veio à tona as revelações de que Temer teria dado aval para que o empresário Joesley Batista comprasse o silêncio de presos na Lava Jato, como Eduardo Cunha. Os outros três pedidos foram feitos por parlamentares da Rede e pelo deputado JHC (PSB-AL), que ocupa o cargo de terceiro secretário da Câmara.

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