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segunda, 23 de setembro de 2024

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MINHA CASA, MINHA VIDA : Síndicos denunciam posse ilegal, tráfico e prostituição infantil

MINHA CASA, MINHA VIDA  : Síndicos denunciam posse ilegal, tráfico e prostituição infantil
18 maio
10:16 2015

Irregularidades nos condomínios mobiliza Executivo e autoridades

Síndicos dos residenciais do programa Minha Casa, Minha Vida denunciam casos de posse ilegal, tráfico de drogas e até prostituição infantil. Fiscalização é responsabilidade da Caixa

A vice-prefeita Paula Mascarenhas participou, sexta-feira, de uma reunião no auditório da Secretaria de Justiça Social e Segurança (SJSS) para discutir questões de segurança pública e proteção em residenciais do programa federal Minha Casa, Minha Vida. O objetivo era encontrar soluções para casos de posse ilegal de apartamentos – a maioria delas estariam sendo feitas por traficantes, que ameaçam as famílias até que elas abandonem suas residências. Síndicos relataram que estariam ocorrendo, inclusive, vendas de drogas nos apartamentos e prostituição infantil.

O encontro reuniu representantes da Brigada Militar e Polícia Civil, e os síndicos dos Residenciais Eldorado, Fragata, Buenos Aires, Montevideo, Jardim do Obelisco e Haragano.

REUNIÃO para debater problemas foi realizada sexta-feira

REUNIÃO para debater problemas foi realizada sexta-feira

Síndicos disseram que o tráfico de drogas ocorre livremente nos corredores de acesso aos Residenciais, que há intimidação por parte dos traficantes, falsificação de contratos de moradias e agressões físicas. Paula, ao lado do policial civil Sandro Bandeira e do tenente coronel, da Brigada Militar, André Luis Ottonelli Pithan, ouviu as demandas dos síndicos, conheceu os problemas que ocorrem diariamente no local e garantiu que a prefeitura buscará formas para ajudar a solucionar os casos, embora esta não seja oficialmente uma atribuição do Município.

Bandeira disse que muitas das denúncias do que estaria acontecendo diariamente nos residenciais não chegam até a Polícia Civil porque os moradores se sentem intimidados pelos traficantes. Ele ressaltou, porém, que é de extrema importância que as denúncias sejam formalizadas para que a polícia tenha conhecimento dos casos e possa agir.

Paula propôs que, em alguns casos, as denúncias sejam feitas através da Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária (SHRF), podendo evitar a exposição dos moradores. Foi ressaltado durante o encontro que, pelos residenciais serem privados, a Polícia Civil e a Brigada Militar não podem circular internamente, mas se houverem denúncias concretas será possível entrar no local.

A vice-prefeita explicou aos síndicos que a fiscalização das posses ilegais não é de responsabilidade da prefeitura, que apenas participa da seleção dos moradores e da entrega das residências. A fiscalização é obrigação da Caixa Econômica Federal. A ausência de visitas, fiscalização e até de respostas às demandas que são enviadas à Caixa há anos foi o principal motivo de reclamação entre os síndicos.

Paula se comprometeu a marcar uma reunião com o prefeito Eduardo Leite e representantes das polícias Civil, Federal e Brigada Militar, Caixa Econômica Federal, equipes do Conselho Tutelar do Município e os síndicos dos Residenciais, para definir quais medidas serão tomadas para resolver os problemas.

Participaram da reunião o secretário da SHRF, Ivan Vaz; o superintendente Administrativo do Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas (Sanep), Nede Santana; o presidente da União Pelotense de Associações Comunitárias e Afins (Upacaf), Valdir Duarte; e conselheiros tutelares da SJSS, que atuam nos residenciais.

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