Diário da Manhã

O Brasil busca motivo na sua trajetória recente de conquistas fora de casa para acreditar na vitória em Juiz de Fora. Foi longe do Bento Freitas que garantiu os acessos para a segunda divisão gaúcha e para a Série C do Brasileiro. Foi como visitante que conquistou a vitória mais surpreendente deste ano: 1 a 0 no Grêmio na Arena.

A torcida xavante já se mobilizou por duas vezes nos últimos três anos para recepcionar a delegação rubro-negra na chegada a Pelotas. No dia 8 de julho de 2013, as ruas centrais da cidade se pintaram nas cores vermelho e preto para homenagear os heróis do acesso à primeira divisão gaúcha, depois de uma vitória de 2 a 0 diante do Santo Ângelo nas Missões. Luiz Müller, Wender, Cirilo, Fernando Cardozo, Leandro Leite, Washington, Cleiton e Márcio Hahn estavam entre os saudados naquela festa. E a frente deles, naturalmente, o técnico Rogério Zimmermann.

Multidão de rubro-negros que recepcionou a delegação no retorno de Brasília, após acesso à Série B
Foto: Alisson Assumpção/DM

No ano passado, a caravana foi ainda maior – inclusive, conduzido o ônibus (com problema mecânico) por vários quarteirões até o Bento Freitas. Em Taguatinga, no Distrito Federal, com uma vitória heroica nos pênaltis, depois de derrota por 2 a 1 no tempo normal contra o Brasiliense, o Xavante assegurou pela primeira vez acesso numa competição nacional. Os mais festejados naquele dia 20 de outubro foram Zimmermann e o goleiro Eduardo Martini – herói da classificação e agora apontado como vilão da derrota de sábado para o Guarani, no Bento Freitas.

VISITANTE – Também como visitante, o Brasil garantiu classificação numa brigada semifinal da Série C de 2014, com empate por 2 a 2 diante do Londrina. Nesta temporada há dois exemplos animadores: a vitória de 1 a 0 diante do Grêmio, na Arena, em jogo do Campeonato Gaúcho; e a virada de 3 a 2 contra o Juventude, no Alfredo Jaconi, nesta mesma Série C.

Para assegurar vaga na segunda fase da terceira divisão do Brasileiro, domingo, diante do Tupi, em Juiz de Fora, o time xavante necessita fazer resultado igual ou melhor do que Juventude e Guarani conseguirem diante de Guaratinguetá e Caxias, respectivamente. O Brasil joga em Juiz de Fora e os dois concorrentes decidem em casa.

Se ganhar seu jogo por 1 a 0, o Brasil força o Juventude a vencer por 3 a 0 o Guaratinguetá e o Guarani a aplicar uma goleada histórica de 6 a 0 no Caxias. Mesmo que um desses resultados dos concorrentes seja construído, o Brasil pode ainda se classificar (com vitória simples) se a Portuguesa empatar ou perder para o Tombense no Canindé.

Discurso valoriza vaga no G-4

O Brasil valoriza a condição de ir para a última rodada da primeira fase do Campeonato Brasileiro da Série C na zona de classificação do Grupo B. Isso produz um discurso otimista na semana da partida decisiva diante do Tupi, em Juiz de Fora. Uma mostra de que a série de seis partidas sem vencer não abalou o ânimo dos rubro-negros. “Hoje, estamos classificados”, ressalta o volante Washington.

Desde a primeira rodada da competição, o Brasil manteve a posição no G-4. A pior colocação em que esteve até agora é a atual quarta posição, o que ocorreu com os resultados do fim de semana. Se ganhar no domingo, as chances de classificação são grandes, porque só perde a vaga se Juventude e Guarani golearem. O desafio maior é voltar a vencer – a última vez em que o time saiu de campo vitorioso foi no dia 10 de agosto, quando fez 4 a 1 na Portuguesa em Pelotas.

Para ter privacidade na preparação, o técnico Rogério Zimmermann optou por trabalhar toda a semana com os portões fechados no Bento Freitas. A tendência é que ele não faça modificação na equipe, pois não costuma alterar a escalação em função de um mau resultado. Até porque, ele elogiou o rendimento do time especialmente no primeiro tempo da partida com o Guarani.

A mudança na partida anterior foi Cleverson, que pela primeira vez foi titular. Deve seguir no time –  foi o autor do gol na derrota de 2 a 1 para o Guarani.