Moradora reside perto de UBS mas só consegue consulta longe de casa
A dona Lorena Santos Nogueira é uma pessoa humilde. E desempregada. Aos 60 anos, mora na Guabiroba, no Fragata.
E sofre com problemas burocráticos na área da saúde pública, em Pelotas. Próximo de onde ela mora fica a Unidade Básica de Saúde(UBS) – Rede Bem Cuidar -, que atende a população de uma área mapeada. Apesar da proximidade com a UBS, dona Lorena reside fora dessa área. E não consegue atendimento médico por lá…
A solução para dona Lorena, que precisa de medicação “controlada”, vendida sob receita médica, é buscar atendimento na UBS/Fraget, a uma distância a cerca de 20 minutos de sua residência. A ficha que lhe garante a consulta, no entanto, só é garantida após uma espécie de “madrugadão” numa fila. É exigência meio em demasia para uma senhora da sua idade, que mora só. A solução foi buscar “socorro” noutra freguesia.
Dona Lorena precisou apelar para o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). É lá que ela consulta, participa de algumas atividades e recebe as receitas que lhe garantem seus medicamentos.
“Eu não consigo entender o que acontece, por que ao invés de simplificar eles complicam tanto a vida da gente”, reclama, desolada, a humilde cidadã.
Em contato com a Gerência Distrital de Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde, a redação do Diário da Manhã confirmou a realidade, o mapeamento da área de atendimento da UBS principal da Guabiroba e da necessidade de os moradores da área externa à região demarcada buscarem outras alternativas existentes no sistema.