Moradores da Marcílio Dias protestam pela morte de “Duda”
“Por amor à Maria Eduarda pedimos mais segurança no trânsito”, “Justiça para Duda”. As frases foram escritas em duas das faixas carregadas por moradores do PAR Marcílio Dias e da Rua Arthur Hameister e vizinhos do local onde na noite de sábado ocorreu o acidente que provocou a morte da menina Maria Eduarda Soares Barros, de nove anos. Na manhã de ontem eles realizaram um protesto pacífico pedindo mais segurança e sinalização, numa demonstração de amor à menina e revolta pela perda e para evitar que acidentes como o que causou a morte da criança continuem a ocorrer.
O protesto ocorreu por volta das 11h30min reunindo cerca de 50 pessoas em frente ao prédio onde ela residia. À tarde eles entregaram à vice-prefeita Paula Mascarenhas, um documento pedindo a implantação de dois quebra-molas.
Segundo Luiz Guilherme Beletti, um dos moradores do condomínio e organizador da manifestação, a tragédia estava “anunciada” havia bastante tempo, haja vista a falta de segurança para pedestres naquela área de grande fluxo de veículos, principalmente nos horários de pico e por alguns condutores trafegarem em alta velocidade. Desde 2004 os moradores pedem providências ao Poder Público no sentido de melhorar a sinalização e evitar acidentes como o que causou a morte da pequena “Duda”. Contando com o documento entregue ontem, é o terceiro desde que os moradores passaram a pedir providências. Também salienta que esta não é a primeira morte ocorrida naquele local, pois uma mulher morreu atropelada ali, há algum tempo.
Prefeito garante providências a manifestantes
O prefeito Eduardo Leite e a vice-prefeita Paula Mascarenhas conversaram, no início da tarde desta terça-feira (4/02/2014), no saguão de entrada do Paço Municipal, com um grupo de manifestantes. Moradores do Programa de Arrendamento Residencial (PAR) localizado na rua Marcílio Dias, zona norte do Município, eles pediram mais segurança para o local – na noite do último sábado (1º/02/14) um acidente de trânsito culminou na morte da menina Maria Eduarda Soares Barros, de nove anos, e ferimentos graves em sua mãe, que permanece em estado de coma. As duas foram atropeladas ao tentar atravessar a via na faixa de pedestres.
Lamentando o ocorrido, o prefeito disse compreender a ansiedade dos manifestantes e garantiu que os técnicos da Secretaria de Gestão da Cidade e Mobilidade Urbana (SGMU) farão uma análise para averiguar qual é o mecanismo mais adequado para as condições daquele local – lombada (quebra-molas), sinaleira ou passagem de pedestre elevada – e as devidas providências serão tomadas com a máxima urgência.
Superintendente de Transportes e Trânsito/SGMU Flávio Alam informou que existem mais de cem pedidos de colocação de quebra-molas para a cidade de Pelotas protocolados na prefeitura. Seis solicitações foram aprovadas e as lombadas serão instaladas nos próximos dias – nas avenidas Leopoldo Brod (Três Vendas) e Duque de Caxias (Fragata) e na rua Professor Paulo Zanotta da Cruz (Distrito Industrial), entre outras.
Ele recordou, contudo, que se as lombadas representam proteção, por um lado, por outro também representam perigo. “Após a chuva se formam lâminas d’água que ocultam os redutores de velocidade e podem causar acidentes, principalmente com motociclistas”, ponderou Alam. Ele disse que foi por esta mesma razão que o Denatran proibiu a colocação de tachões na transversal e recomenda muito cuidado na hora de decidir implantar um quebra-molas.
Alam explicou que, embora a lista de solicitações seja longa, o caso da Marcílio Dias, devido à circunstância trágica do acidente, de forte apelo emocional, coloca o caso como prioridade. “Esta semana o local será analisado e na semana que vem, o mecanismo será implantado”, afirmou.
A vice-prefeita manifestou seu pesar pela fatalidade e destacou que esse tipo de mobilização é válida também como um alerta aos motoristas sobre os riscos envolvidos no trânsito e a necessidade de se “tirar o pé do acelerador”.
ATROPELAMENTO – A criança de nove anos morreu na noite de domingo. Por volta das 21h30min de sábado ela foi atropelada por um automóvel Gol, quando tentava atravessar com sua mãe em direção ao condomínio que residia. A mãe de Maria Eduarda também sofreu ferimentos. O condutor do veículo prestou socorro às vítimas, acionando o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Ele vai responder em liberdade, por homicídio culposo, pois não teve a intenção de matar.
Recém-nascido abandonado em ônibus
Uma passageira encontrou na manhã de ontem um recém-nascido abandonado dentro de um ônibus seletivo do Laranjal, que ia em direção à praia. Ela avisou o motorista, que acionou a Brigada Militar.
O menino estava dentro de uma sacola. A passageira foi despertada pelo choro do bebê, que foi levado ao Pronto-Socorro de Pelotas (PSP), onde foi examinado e permaneceu internado. Ele estava com o umbigo amarrado com uma linha, indicando que o parto foi realizado em casa. A criança apresenta bom estado de saúde.
Passageiros, nem o motorista perceberam a pessoa entrar no coletivo com uma criança no colo. O bebê foi encaminhado ao Conselho Tutelar e ficara alojado na Casa do Carinho. A Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) vai investigar o caso para descobrir quem é a mãe do recém-nascido abandonado.
BM alerta para o falso sequestro
O comando do 4º BPM (Batalhão de Policia Militar), alerta para uma onda de “falsos sequestros”, que vem sendo aplicada em Pelotas. Chegou ao conhecimento das autoridades através das pessoas que ligam para o telefone de emergência (190), aflitas com os telefonemas anônimos de pessoas alegando terem em seu poder familiares, pedindo resgate para a liberação dos mesmos. Quando na verdade não tem sob seu poder estas pessoas.
A orientação do comando é para que ao receber este tipo de ligação telefônica, certifique-se de que o familiar que supostamente esta em poder dos raptores, não se encontra na casa de conhecidos, amigos, parentes, escola ou trabalho. Para tal vai dando conversa com calma, tranquilidade e tire o máximo de informações possíveis para verificar se realmente confirmam-se as características do familiar e ligue para a emergência. Pois na maioria das vezes não ocorre o sequestro, a intenção é extorquir dinheiro das famílias que estão sob uma intensa pressão causada pelos falsos sequestradores que supostamente estariam em poder de um familiar.