Municipários entram em greve
Em assembleia geral ocorrida na manhã de ontem, no auditório externo do Colégio Municipal Pelotense, os municipários definiram por fazer greve até segunda-feira, dia que seria do pagamento normal a todos.
A assembleia, convocada pelo Sindicato dos Municipários de Pelotas (Simp), ocorreu após o anúncio da prefeita Paula Mascarenhas de que o pagamento dos salários sofrerá atraso a partir deste mês.
MOVIMENTO paredista vai até segunda-feira
Esta foi a assembleia com o maior número de municipários presentes nos últimos anos, com intensas manifestações de indignação pelo atraso nos salários e críticas veementes à Administração da prefeita Paula.
Na segunda, quinto dia útil do mês, somente recebem seus pagamentos os professores de ensino fundamental (P I e P II), de educação infantil e auxiliares de educação infantil. Todos os demais recebem até o dia 23 (salários líquidos de até R$ 2 mil) e até 21 de novembro (restantes).
Quanto aos aposentados estatutários, quem recebe até R$ 2 mil líquidos, terá seus proventos pagos de forma integral e normal no quinto dia útil; de R$ 2.001,00 até R$ 3 mil líquidos, o pagamento será efetuado até 23/10; e para os demais até 21/11.
Os servidores comparecerão na Câmara de Vereadores nesta quinta-feira às 8h30, para, dentre outras solicitações, buscar o apoio do Legislativo para que junto ao Executivo intermedie a possibilidade de todos servidores receberem no quinto dia útil e à Prefeitura que assumisse os encargos e juros dos empréstimos de antecipação dos pagamentos perante o Banrisul.
Os servidores irão realizar ato de protesto na segunda-feira, às 15h, em frente à Prefeitura. A categoria permanece em assembleia permanente a partir do fim da greve, ou seja, após segunda-feira.
Prefeitura divulga nota
Paralisação dos servidores
A Prefeitura de Pelotas lamenta a decisão dos servidores que votaram nesta quarta-feira pela paralisação. Diante de uma grave crise, que afeta a todos os pelotenses, parar os serviços públicos, prejudicando a população, só aprofunda o problema. Cresce a necessidade de uma reforma estrutural para enfrentar os desafios e os servidores são fundamentais para auxiliar na busca de soluções.
Nesta quinta-feira, a Comissão de Política Salarial irá avaliar as questões envolvendo a greve. Os serviços públicos essenciais deverão ser mantidos.
