Museu da Baronesa é reaberto ao público
Depois de oito meses fechado para reformas um dos principais cartões de visita da cidade foi reaberto. Também foi aberta a exposição ‘Um Roseiral no Museu da Baronesa – A Pelotas de Yolanda Pereira’. O evento foi realizado em comemoração aos 207 anos de Pelotas, neste domingo.
A prefeita Paula explicou que o Museu reabre após uma cuidadosa obra e com uma exposição muito simbólica e significativa. “É uma cidade com mais de dois séculos de história e, ao mesmo tempo, cheia de vigor e que oferece expectativas positivas aos seus filhos”. Para a prefeita, é uma cidade que teve muitas dificuldades, muitos sobressaltos, mas cheia de encantos, de diversidade, como a vida de qualquer pessoa.
“A cidade vai se configurando como as pessoas que vivem nela. Estudantes vêm de fora com outros hábitos, que acabam se tornando os hábitos dos pelotenses. Pelotas não para e não cansa de se transformar. (…) Olhamos para o futuro sabendo que oportunidades não faltarão, seremos a terra da felicidade. É um desafio coletivo deixar uma cidade melhor para as futuras gerações”, disse a chefe do Executivo Municipal.
A prefeita lembrou ainda que a abertura de ‘Um Roseiral no Museu da Baronesa – A Pelotas de Yolanda Pereira’ é um anúncio de uma exposição maior, com o conteúdo da cápsula do tempo que está sendo restaurado e registrado fotograficamente. Também participaram da cerimônia o vice-prefeito, Idemar Barz; o secretário de Cultura, Giorgio Ronna; o diretor de Manifestações Culturais, Paulo Pedrozo; o vereador Vicente Amaral; e o deputado federal Daniel Trzeciak. A banda da Brigada Militar foi responsável por animar a cerimônia.
Reforma do prédio histórico
A ala dos quartos foi entregue totalmente reformada. De acordo com o conservador do Museu, Marcelo Madail, foi refeita a parte elétrica, infiltrações no telhado e rachaduras nas paredes corrigidas, colocado um novo reboco onde havia problemas e, para finalizar, recebeu uma nova pintura. Na última semana começou a reforma do Salão Dona Sinhá, o salão de festas da casa, que ficará isolado durante as obras. Até o fim do processo, a baronesa abrirá de quinta-feira à domingo, e os outros dias serão reservados para os trabalhos.
Ocorreram, simultaneamente, a instalação de medidas de prevenção contra incêndios no prédio histórico que foi residência dos Barões dos Três Serros — Annibal e Amélia Hartley Antunes Maciel, primeira das três gerações que residiram na, então, Chácara da Baronesa. Houve ainda o salvamento arqueológico de peças históricas que afloraram durante escavações prévias à construção da Reserva Técnica.
Os R$ 100 mil recebidos em premiação do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), em reconhecimento pelo projeto ‘A visibilidade do Negro no Museu da Baronesa’ — que vem desenvolvendo ações há mais de quatro anos, entre exposições, mesas redondas, palestras e oficina de dança afro —, foram aplicados em circuito interno de TV; detectores de fumaça e alarme; e luzes de emergência.
A Pelotas de Yolanda Pereira
‘Um Roseiral no Museu da Baronesa – A Pelotas de Yolanda Pereira’ retrata a Pelotas dos anos 1920 e 1930, com algumas pinceladas da atmosfera de transformação, efervescência e do pós-guerra. A ideia dos pesquisadores é que os visitantes conheçam mais sobre a época em que a Miss Universo pelotense viveu a fim de que, posteriormente, sejam revelados os achados da cápsula do tempo.
A exposição conta com roupas e objetos das duas décadas, que compõem o acervo do Museu. As visitas podem ser feitas nas quintas e sextas-feiras das 13h30min às 17h30min, e sábados e domingos das 14h às 17h30min. Após, a expectativa é de que Yolanda Pereira ganhe uma mostra própria, em que estarão expostas os jornais, fotografias e demais tesouros escondidos por 88 anos na base do monumento à miss, na Praça Coronel Pedro Osório.