MÚSICA : Compositor Camaueibe com nova edição do “Som e Sala”
O artista natural de Canguçu, também divulga que vai lançar nova música
Por Carlos Cogoy
Ligado à música desde a adolescência quando, de forma autodidata, dedilhava o violão emprestado pelo vizinho William, Camaueibe Mota indica 2020 como o ano que marcou sua temática como compositor. Até então, as letras eram predominantemente românticas. Mas, diante do brutal assassinato de George Floyd em Minneapolis nos EUA, Camaueibe passou também a compor sobre questões sociais. Na trajetória recente, o segundo semestre de 2021, significou um impulso profissional à carreira. Em outubro, ele lançou o videoclipe da música “Menino”. Já em novembro, houve o lançamento do clipe de “Inocente”. No ano passado, Camaueibe também lançou o vídeo do projeto “Som e sala”, e esteve integrando a programação do festival Salve Arte, iniciativa de Kako Xavier. Para assistir a produção autoral do compositor e instrumentista, acesso canal Camaueibe Oficial no Youtube.
SOM E SALA é uma iniciativa que reúne Camaueibe e amigos. Ele explica: “Estamos trabalhando na segunda edição do ‘Som e Sala’. No projeto, faço adaptações de outros músicos. Para as duas releituras que estou programando, conto com a participação de quatro músicos pelotenses: Gabriel Soares; Marcos Carbajal; Jonathan Klumb e Andrei Braga. Nas filmagens, contamos com o olhar do Takeo Ito, e meu produtor musical Marcos Carbajal. Já uma outra novidade neste começo de 2022, será o lançamento de clipe, no máximo até abril, para a divulgação de mais um som autoral”. Instagram: @camaueibe_oficial
MÚSICA – Na infância em Canguçu, Camaueibe residia com a avó Elza, e o tio músico, Zaylor Mota. A convivência colaborou para despertar o interesse pela arte. Aos quinze anos em Pelotas, no violão emprestado surgiram os primeiros acordes. “Em 2005 comecei a ter acesso às escolas de samba de Pelotas, bem como aos instrumentos musicais. A seguir, fui roadie do grupo Franqueza, e depois me tornei pandeirista”, diz Camaueibe. Posteriormente, aos dezoito anos, foi residir na serra gaúcha. Em Bento Gonçalves, onde morou duante doze anos, ele teve aulas de canto. Em 2017, retornando a Pelotas, aulas na Escola de Música Beatriz Rosselli. No ano seguinte, período no Conservatório de Música da UFPel, para o aprimoramento do aprendizado de violão. Contatos via WhatsApp: (54) 9 8433.3779.
PROFISSÃO – Além de Bento Gonçalves, o músico também morou em Farroupilha e Garibaldi. À época, trabalhou como taxista, motorista de ônibus, caminhão, operador de empilhadeira, ponte rolante, e moveleiro. Sobre a música como profissão, acrescenta: “Componho desde criança mas, em 2017, foi que passei a transformar essas letras em música. Estava com um caso de doença na família, e usava o violão para falar das minhas dores. E foi numa tarde, acompanhando minha tia Rosália Couto à rádio Federal FM, que a produtora Alexandra Pereira, ao ouvir a música ‘Você fez amor’, me fez ter uma outra perspectiva do meu trabalho. Então passei a acreditar que podia levar essa ‘brincadeira’ de uma forma profissional”. E-mail: [email protected]
ARTE – “Tive a oportunidade de tocar em diversos bares e casas noturnas na praia do Rosa, e algumas outras praias catarinenses. Quando a pandemia iniciou, estava começando a tocar nos bares de Pelotas e municípios vizinhos. E também estava produzindo um álbum de trabalhos autorais onde montei o projeto ‘A outra face’. Um trabalho mais voltado ao rock, e focando mais no protesto. Mas, em função do projeto ser direcionado a shows, acabei tendo que parar por tempo indeterminado, e me refazer enquanto artista solo. Fui chamado para participar de alguns projetos durante a pandemia, como a primeira edição do festival Salve Arte, sendo o músico homenageado na edição ‘Conversa de preto’. Atualmente, não consigo definir minha música num gênero, pois meu foco não é definir estilo, e sim criar e explorar sensações. Minhas músicas são de diversos estilos, e tenho sambas, sertanejo, rock, gauchesco, rock, MPB”, conclui o músico que admira John Mayer, Seu Jorge, Djavan, Papas da Língua e o pelotense Emerson Nunes.