MÚSICA : Reggae, samba e bossa sem perder o tom
Nesta sexta às 20h, happy hour com Tom Neves no restaurante do Caça e Pesca. Sábado, show no Bar da Lua
Por Carlos Cogoy
Com o “Quintal de Sinhá”, ele participa da gravação do segundo disco da banda. O disco está sendo viabilizado com recursos do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (PROCULTURA). Vocalista do grupo de reggae “Arquivo Rasta”, além da gravação de CD com músicas que registram os quinze anos de trajetória, a perspectiva de apresentações na Feira do Livro e Sete ao Entardecer, bem como em edição do Terça com Música em dezembro. No estúdio de Davi Batuka e Dhyan Diano, prossegue participando das produções audiovisuais, tanto das bandas “Quintal de Sinhá” e “Arquivo Rasta”, quanto do trabalho solo. Trata-se do compositor e músico porto-alegrense Tom Neves, que há dez anos está radicado em Pelotas. Ele salienta que os vídeos podem ser conferidos no YouTube. Motivado pela sonoridade do reggae, soul, samba e bossa nova, Tom dispõe de intensa agenda de apresentações.
SOLO – Recentemente, Tom Neves apresentou-se no Mercado Público, numa iniciativa da equipe da Banca 42. A agenda é intensa, e nesta sexta pós 20h acontecerá apresentação no restaurante de Fátima Ribeiro no clube Caça e Pesca. Amanhã, Tom estará tocando no Bar da Lua – rua 3 de Maio 856. Em setembro, já definiu shows em casas noturnas da região: Botequim das Goordas; Bar do Nenê; Bierlager; Lord’s Pub em Rio Grande; Sushi Kondo; especial Bob Marley no Fora de Hora; Santo Boteco; Bar da Lua; Pub Seu Jorge em Bagé; Tu Casa em Jaguarão; Fora de Hora; Bem Brasil. Em outubro, Tom e Arquivo Rasta tocarão na abertura do show do Cidade Negra. Ele também retornará a espaços como Bierlager e Bar da Lua. No dia 15, Boteco do Rosário em Santa Maria.
DISCO autoral “Nas suas mãos” foi lançado por Tom na internet em 2013. No registro, conforme explica, compilação de gêneros como MPB, soul e reggae. São trezes músicas, autoria de Tom e também com parceiros como Eduardo Freda, Jairo Netto, Chico Nunes e Geovane Correa. Para ouvir online: soundcloud.com/tom-neves, ou palcomp3.com.br/tomneves. Outro disco, gravado com a então banda “Suprema ordem”, pode ser acessado no palcomp3.com.br/supremaordem.
TRAJETÓRIA – Natural de Porto Alegre, Tom começou a tocar violão devido a influência da irmã. Ele diz que o aprendizado de instrumentos, como violão e teclado, aconteceu de forma autodidata. Aos catorze anos, já tocava numa banda de amigos. Em 2000, passou a cantar repertório autoral. Para aprimorar a técnica vocal, durante alguns anos esteve estudando canto. Tom menciona: “Em Porto Alegre, tocava numa banda chamada Wassabi. Era um trio de rock pesado com músicas autorais, e tocávamos no circuito underground, em casas como Drº Jekill, Drº Gole, Garagem Hermética e Manara”. A vinda para Pelotas foi consequência de oportunidade de trabalho. “Em Pelotas participei de alguns projetos como Nação Suburbana, Suprema Ordem e Soul Sal. Atualmente faço parte da Arquivo Rasta e Quintal de Sinhá. Com a Suprema Ordem participamos do 1º Musicalda e, com a música ‘Forças e Formas’, participamos da segunda edição do CD ‘Arte Daqui’ da Radiocom. Em 2014, o Quintal de Sinhá foi ao Rio de Janeiro e participou do aberto de música da Valda, o WebFestValda, no consagrado palco do Circo Voador. Naquele ano, a Soul Sal abriu o show do Rappa. Ano passado, abertura do show do Natiruts, e primeiro lugar na mostra competitiva da Fenadoce”.
REGGAE – “A parceria com a Arquivo Rasta vem de alguns anos. Somos amigos há tempos, com interesses comuns e amantes do reggae. Antes de entrar na banda eu estava tocando direto na noite com o ‘Black’, e veio dele o convite para integrar o time e voltar às atividades, o que aconteceu há um ano. Toco reggae há dez anos, desde que cheguei em Pelotas. Sempre acompanhei a cena local, e já subi no palco com as bandas de reggae como Be Livin, Solo Fértil, e a Seiva Bruta de Rio Grande”, acrescenta.
Vivendo a música diariamente
Sobre as perspectivas em Pelotas, Tom Neves avalia: “Na cidade observo uma cena cultural interessante. Mas temos de entender que estamos numa cidade de interior. No entanto, por conta dos alunos que vêm de fora estudar aqui, acabamos por ter um público ‘pensante’ e que contribui, e muito, para a cena local. Vejo isso nos meus shows. Existem vários espaços. A questão é qual condiz com o trabalho que cada músico realiza? No meu caso, me sinto bem colocado e sei que consegui isso através da pluralidade do meu som. Vou adaptando o repertório aos espaços que trabalho. A remuneração não é ruim, mas é abaixo do que se espera, assim como em várias outras profissões no Brasil”.
Tom comenta acerca do desafio da música como profissão: “Não vivo de música, vivo a música diariamente, cada dia um compromisso, ensaios, gravações, entrevistas, shows, produções audiovisuais”.