MÚSICA : Show do disco “Furtacor”
Sábado às 20h, paulistana Mariana Degani apresentará show em Pelotas
Por Carlos Cogoy
Neste mês houve as primeiras apresentações em Curitiba e Florianópolis. Nesta semana, agenda chegou ao Estado, com etapas em Lajeado e Porto Alegre. Amanhã será a vez de Pelotas, que receberá pela primeira vez a compositora e artista visual Mariana Degani. Após o show, com início às 20h, do disco de estreia “Furtacor” na Casa Cultural Las Vulvas – rua Anchieta 949 -, a turnê seguirá para o Uruguai, Argentina e Paraguai. No encerramento da turnê, shows no Paraná e São Paulo. Mariana e o produtor musical Remi Chatain, parceiro de palco e de vida, estão viajando na Kombi amarela “AMARilda”. Para saber mais sobre a arte da paulistana, acesse: marianadegani.com
PELOTAS entrou na agenda por conta de história peculiar. Mariana explica: “Quando começamos a traçar o trajeto sentido sul, Pelotas veio por duas razões: a primeira é que é já ouvimos falar que é uma linda cidade e ela passa totalmente no caminho. A segunda é porque o Remi é descendente de ninguém menos que a Baronesa de Pelotas. Ainda criança a avó do Remi ia passar as férias na ‘casa da família’. A última vez que ela esteve na cidade foi na década de cinquenta. Nossa passagem por Pelotas, então, também é para conhecer esse lugar. Afinal, ela contava das férias deliciosas com primas e primos, além de toda a fartura dos doces que, qualquer um, especialmente uma criança, amante dos doces, amaria”.
FURTACOR – O primeiro disco foi lançado ano passado, e houve turnê com mais de vinte shows. Ela divulga: “No primeiro semestre de 2016, foi lançado ‘Furtacor’, o primeiro álbum, que também é um show audiovisual e tem produção musical e arranjos de Remi Chatain. A fotografia da capa é do fotógrafo carioca Jorge Bispo, e o encarte é uma compilação de camadas de desenhos, fotos, tintas, bordados e texturas, o meu caderno de artista. Além disso, também criei o projeto gráfico, figurinos e projeções em vídeo. No mesmo ano, transformamos uma Kombi amarela, a AMARilda, em uma casa e estúdio sobre rodas. Em junho, saímos de São Paulo com quinze datas marcadas e, no decorrer da turnê, que durou dois meses, acabamos por fazer 22 apresentações, tocando em Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Distrifo Federal e Goiás, percorrendo 8.000 quilômetros de estrada, o que culminou com o lançamento do disco na Europa e, em São Paulo, no Auditório Ibirapuera”.
TRAJETÓRIA – Sobre a história ligada à música, ela diz: “Sou paulistana, nascida e criada em São Paulo. Sempre gostei de música e comecei cantando sem pretensão, em rodas de samba. Me apaixonei pelo Remi Chatain, que é multi-instrumentista e produtor musical. Ele me chamou pra cantar numa trilha, quando fiquei frente a frente com o microfone. Foi a partir daí que a música foi entrando na minha vida de forma ativa. Ainda adolescente tentei o violão, mas a falta de disciplina e de uma professora estimulante, me pausou no aprendizado. Minha mãe sempre ouviu em casa os hits dos anos setenta, muito disco, rock dos oitenta, e algumas coisas da MPB. Mais tarde eu comecei a me interessar por samba, e foi aí que comecei a cantar. Com Cartola e Adoniran Barbosa. Do primeiro encontro com o microfone foram uns dois anos até formar um grupo com Remi e mais alguns amigos, o Loungetude46. Isso foi há dez anos. Formada em Moda, trabalhava como estilista e tinha esse projeto em paralelo, onde eu era a cantora do grupo. Com esse projeto tocamos pelo Brasil e fizemos duas turnês na Europa”.