MÚSICA : Som pesado no primeiro disco solo de Marivan
Ex-ATTRO, Marivan Ugoski divulga o CD “O último prego do caixão”
Por Carlos Cogoy
Durante três anos ele esteve compondo, gravando e produzindo, as onze faixas do disco de estreia “O Último Prego do Caixão” (selo AziAgus). Marivan Ugoski, músico pelotense que desde os anos oitenta, dedica-se ao “metal”, está divulgando o primeiro disco solo. No trabalho, gravado no estúdio “Dead Marshall” em Caxias do Sul – onde Marivan reside há dez anos -, ele toca todos os instrumentos, excetuando a bateria que foi programada. A experiência, como diz Marivan, é de “One Man Band”. Empolgado pelo disco físico, o músico acrescenta que no Youtube estão apenas alguns fragmentos das faixas. Assim, para adquirir o álbum, contatos via WhasApp: (54) 9 8435.6658. E-mail: [email protected].
DISCO – Fundador da antológica ATTRO – banda que marcou o som pesado pelotense, entre 1987 e 2011 -, Marivan menciona sobre o disco solo: “A sonoridade é old school, a velha guarda do Metal, praticamente o que eu já fazia nos anos oitenta e noventa com a banda Attro. As faixas são em português e, falando na primeira pessoa, vou abordando temas bem variados. Então, canto sobre não desistir, deixar um legado, e também as causas desse caos social destrutivo. Na gravação, somente eu e o técnico, ninguém mais acompanhou. O álbum é uma edição especial, limitada e numerada. Para ouvi-lo, somente no formato físico. Aqueles que não me conhecem, podem escutar um pouco no Youtube, acessando o canal UGK DISCCOS”.
ROCK SOLDIERS é a bem-sucedida coletânea produzida por Marivan desde 1998. Na trajetória, são 29 volumes, divulgando quase quinhentas bandas independentes. Além de grupos de diferentes regiões do País, também participam bandas do Chile, Argentina, EUA, Inglaterra, Alemanha, Portugal e Japão. Para saber mais sobre as bandas divulgadas, e também como participar, basta acessar a Fanpage Rock Soldiers, ou canal UGK DISCCOS.
ROCK – Morador no Fragata, Marivan recorda que, no início dos anos oitenta, procurava sonoridades diferentes do que ouvia no rádio. Um primo de Canoas, apresentou uma fita K7 com o som de bandas como Kiss, Black Sabbath, AC/DC, Deep Purple, Judas Priest. A descoberta, diz ele, foi um pacto com o rock. A partir dali também passou a ouvir Iron Maiden, Venom, Sweet, Motley Crue, Celtic Frost, Sodom, Destruction, Kreator. Entre as nacionais: Vulcano; Dorsal Atlântica; Sarcófago; Sepultura; Ratos de Porão. Ao dezesseis anos, acompanhado pelo pai, foi até Porto Alegre para ganhar o primeiro contrabaixo, Autodidata, lembra que era um instrumento da marca JOG.
ATTRO teve na primeira formação: Marivan (voz, baixo); Luciano (guitarra); Décio Renck (bateria). Durante 24 anos, houve diferentes formações e a gravação dos discos “Breaker” (1995), e “Making Up For The Wasted Time” (2003). Em decorrência da necessidade de sobrevivência dos integrantes, diz Marivan, o grupo foi desagregando. Assim, os rumos foram variados. Marivan, além da produção musical, trabalha como metalúrgico. Outros participantes do som pesado, hoje atuam como policial, advogado, procurador e médico.