Nomes dos primeiros contratados não entusiasmam os xavantes
Por enquanto só Gustavo Bastos foi confirmado. Os demais contratados (ainda sem o anúncio oficial) não entusiasmam o torcedor rubro-negro. Pelo contrário, há desconfiança sobre o resultado desta reformulação no elenco do Brasil. Mais do que reprovação dos possíveis reforços, a preocupação se sustenta nas dificuldades enfrentadas pela equipe nas duas últimas edições do Campeonato Gaúcho, quando o risco de rebaixamento foi uma ameaça real no Bento Freitas. Surto que deixou marcas.
O Brasil parece se inspirar no Juventude – seu concorrente no Gauchão (inclusive, adversário na primeira rodada da competição, dia 17 de janeiro) e no Brasileiro da Série B. Três dos quatro acertados com o clube passaram recentemente pelo Alfredo Jaconi: Bruno Colaço e Vacaria neste ano; e Heverton até 2016. Agora mais um do Juventude é citado: o atacante Cabrini, que poderá ser contratado por empréstimo.
O centroavante Casagrande é mais um contratado, mas sua participação no Brasileiro da Série B não é recomendável. Ele marcou apenas dois gols em 19 partidas pelo Boa Esporte. Para aumentar a preocupação, o Brasil pode perder jogadores que estavam certos com o clube (contratos vigentes até o final do Gauchão). Itaqui e Misael estão nos planos da Ferroviária. Elias também pode sair da Baixada, mas seu caso é outro: decepcionou neste retorno ao Xavante.
O que deve preocupar mais é a centralização de toda a gestão do futebol nas mãos presidente Ricardo Fonseca, que entrou neste processo de reformulação do elenco sem ter vice de futebol e nem gerente executivo. Ele simplesmente assumiu o futebol: carência que aumenta mais nesta fase de contratações e renovações de contrato.
Médico é que define futuro
Aos 39 anos, Wender não decidiu ainda se vai continuar jogando futebol profissional ou vai encerrar a carreira neste fim de ano. Tudo depende de uma avaliação médica, porque o jogador está com uma lesão no tendão de Aquiles. Seu contrato com o Brasil termina neste final de ano e não deverá haver a renovação. Mas o lateral-direito continua em Pelotas, enquanto aguarda avaliação de um médico especialista em tendões.
Wender nem sabe se irá para Santa Helena, Goiás – sua cidade natal – nesta virada de ano. “Talvez eu nem vá para casa, que eu continue por aqui. Preciso ter uma decisão sobre essa lesão”, afirma o lateral. Ele lembra que foi um ano difícil com várias lesões, as quais começaram a ocorrer na temporada passada, quando sofreu uma fratura no pé. “Neste fim de campeonato, eu nem conseguia treinar. Apenas ia para os jogos, para ficar no banco de reservas nos jogos em casa”, conta.
O lateral foi contratado pelo Brasil no final da temporada de 2011. Teve uma trajetória de regularidade com a camisa rubro-negra. Sua última partida foi no dia 18 de julho, diante do Paraná, em Curitiba. Com a saída de Rogério Zimmermann, Wender perdeu espaço no time. Quanto ao futuro, a recuperação da lesão é que irá indicar o rumo. “Vai depender dessa avaliação médica”, completa.