NOVA FASE : Futuro de Sotilli depois da bola e das urnas
Oito meses depois de ter encerrado a carreira de jogador e após ter participado de sua primeira experiência na política partidária, concorrendo a deputado estadual pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), Sandro Sotilli, 41 anos, não sabe ainda qual atividade profissional irá “abraçar” a partir do próximo ano. Atualmente, ele está morando em Passo Fundo e aproveita o início da “aposentadoria” para ficar perto da família e acompanhar o crescimento das filhas. “Estou estudando o que vou fazer a partir de janeiro. Existem várias possibilidades”, afirma o ex-atacante.
O último jogo de Sotilli ocorreu no dia 17 de março – derrota do Pelotas por 3 a 0 para o Grêmio, em Novo Hamburgo. Ele deixou o campo no meio do segundo tempo, encerrando uma carreira de 18 anos e mais de 400 gols. Nesse período, o centroavante vestiu a camisa de 25 clubes diferentes – alguns deles mais de uma vez. No Pelotas, ele jogou de 2008 a 2010; e retornou em 2012. Depois voltou pela segunda vez em 2014 para encerrar a carreira na Boca do Lobo.
Sua primeira atividade, depois de “pendurar as chuteiras” foi na política, concorrendo a deputado estadual pelo PSB. Sotilli fez 7.689 votos – número insuficiente para conseguir a eleição. A seguir, Sotilli fala sobre a primeira experiência política, do futuro e da vida longe dos campos de futebol.
POLÍTICA – “Foi uma experiência muito boa, num campo que eu não conhecia. Poderia ter me elegido, se tivesse uma estrutura partidária melhor à minha disposição. A campanha foi feita só em cima do meu nome e contando com os amigos que fiz no futebol. Fiz 7.689 votos espalhados por todo o estado. Minha melhor votação foi aí em Pelotas. Mas gostei da experiência. Foi interessante como experiência de vida”.
OUTRA ELEIÇÃO – “É cedo para pensar nisso, mas não posso descartar. Pode acontecer daqui a dois anos, concorrendo a vereador por alguma cidade. A vida é feita de desafios. Meu domicílio eleitoral é Rondinha, minha cidade natal, mas posso mudar para concorrer por Pelotas ou outro local”.
RESIDÊNCIA – “Estou morando aqui em Passo Fundo, por enquanto. Tenho um apartamento aqui. Mas posso morar em Pelotas, cidade que gosto muito. Gostaria de morar aí. Ou em Porto Alegre. Até o final do ano, eu e minha esposa (Daniela) vamos decidir onde morar”.
FUTURO – “Eu tenho uma escolinha de futebol aqui em Passo Fundo e tenho tratado de projetos com prefeitura de outras cidades da região. Vou fazer um curso de treinador que ocorre agora no final de novembro aqui em Passo Fundo. Quero me aperfeiçoar, adquirir a parte teórica para no futuro trabalhar como treinador. Posso trabalhar como dirigente ou auxiliar-técnico. Eu queria mesmo era ficar num clube, como auxiliar por uns dois anos, para ter a estabilidade e ficar perto de minhas filhas (Iasmin, de quatro anos; e Isadora, de dois) – a Maria Eduarda, filha do primeiro casamento, mora em Veranópolis. Também tenho a possibilidade de abrir um negócio no ramo de gastronomia. Quero decidir o que fazer com calma, junto com a minha esposa. Mas dentro de pouco tempo estarei de volta ao futebol, fazendo alguma coisa naquilo que mais gosto, que é o futebol”.
BOLA – “Não senti falta de jogar e treinar. Talvez, porque me envolvi muito com a política nos últimos meses. Mas não tive saudade de jogar profissionalmente, como outros ex-jogadores dizem nas entrevistas. Tenho jogado futebol de sete para manter a forma. Agora jogo para me divertir, sem aquela cobrança do futebol profissional”.