NOVELA MEXICANA : Trama ganha tom polêmico
A negociação entre Brasil e Pelotas para o aluguel da Boca do Lobo vinha sendo encaminhada de forma muito tranquila, apesar de demorada. Mas pode enveredar pelo terreno da polêmica e até mesmo ser “arruinada”.
O sinal desse novo estágio é a entrevista do presidente do Pelotas, Flávio Gastaud, segunda-feira, no Pelotense Esportes, da Rádio Pelotense, quando se dispôs a falar pela primeira vez sobre o assunto. O dirigente chegou a chamar a negociação de “novela mexicana”. “Se tem alguém que não está tratando essa questão de maneira correta, não é o Pelotas”, afirmou. “Estamos no meio de uma situação complicada, a qual o Pelotas não promoveu. Se não querem, que mandem um ofício dizendo que não querem.”
A inconformidade é por conta da demonstração de um recuo do Brasil, que já deveria ter apresentado uma proposta oficial ao Pelotas. Mas esse recuou não é admitido publicamente pelos rubro-negros. Gastaud lembrou que o grupo de jogadores volta aos treinos em meados de janeiro e existe a necessidade de recuperação do gramado da Boca do Lobo, o que pode amparar uma resposta negativa em caso de recebimento de proposta de aluguel no futuro.
No Brasil existem duas posições bem claras. Uma do integrante da Comissão de Obras, André Araújo, declarando-se favorável a jogar na Boca do Lobo, desde que haja acerto financeiro entre os dois clubes. A outra do treinador Rogério Zimmermann, que diz que escolher o local de o time jogar não pode ser decidido apenas pelo lado financeiro, mas também pelo técnico. Ele que jogar no Bento Freitas – pelo menos no Gauchão.
A propósito, Flávio Gastaud alfinetou, dizendo mais uma vez que Zimmermann é o presidente de fato do Brasil: é quem decide.