Diário da Manhã

sábado, 23 de novembro de 2024

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Novela sem fim: A espera do alvará

06 maio
09:11 2014

Tem uma pergunta que o vice-presidente de futebol do Farroupilha, Eduardo Bastos, não aguenta mais responder. É o questionamento sobre o local onde o clube irá mandar seu próximo jogo pela Segunda Divisão. A resposta é sempre a mesma: o desejo é jogar no Nicolau Fico, mas a realidade força a realização da partida no Aldo Dapuzzo, em Rio Grande. E isso irá se repetir na quinta-feira, diante do Guarany de Bagé.

“Temos a esperança que o Corpo de Bombeiros possa fazer a vistoria nos próximos dias no Nicolau Fico. Mas como não posso ficar esperando por isso, porque não depende do Farroupilha, já marquei nosso jogo para Rio Grande”, diz Bastos. A partida passou de quarta para quinta-feira, porque na data inicial o São Paulo tem compromisso pelo estadual da categoria sub-17.

Neste ano, o Farroupilha só fez um amistoso no seu estádio. Os jogos pelo campeonato (quatro até agora) foram disputados em Rio Grande, com duas vitórias, um empate e uma derrota. O Nicolau Fico só terá condições de receber jogo oficial, quando o Corpo de Bombeiros liberar o alvará. Enquanto isso, o time tricolor segue jogando em casa emprestada.

Farroupilha não sabe quando terá condições de jogar no Nicolau Fico Foto: Alisson Assumpção/DM

Farroupilha não sabe quando terá condições de jogar no Nicolau Fico
Foto: Alisson Assumpção/DM

Atacante pode ser contratado

O técnico Géverton Duarte tem repetido as lamentações pela falta de competência dos atacantes para a marcação de gols. No jogo passado houve pelo menos quatro ou cinco chances claras. A produção ofensiva depende de Kesler, autor de cinco dos oito gols do time. Diante disso, a diretoria de futebol admite fazer um esforço para contratar um centroavante. O prazo para inscrição de jogadores visando o restante da Segunda Divisão termina na quinta-feira.

O vice-presidente de futebol, Eduardo Bastos, admite contratar um atacante. “Temos uma situação encaminhada, mas depende de questão financeira”, diz. É provável que o jogador venha de time eliminado na Divisão de Acesso. O goleador Kesler desfalca o Farroupilha na quinta-feira diante do Guarany. Ele foi expulso na derrota de 1 a 0 para o Estância Velha, domingo, em Lajeado. Quem também está fora é o lateral-direito Willian Dilli, com uma lesão muscular.

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Caos

O Farroupilha é o “padrinho” do Estância Velha. Foi contra o Tricolor que o time de Canoas fez o primeiro jogo de sua curta história numa competição de futebol profissional. Foi contra o a equipe fragatense que o Estância Velha marcou seu primeiro gol. E contra o Farroupilha, domingo, ganhou sua primeira partida, depois de cinco derrotas e dois empates. Resumo: em seis pontos disputados nos jogos com esse adversário, que tem a pior campanha da segunda divisão, o Fantasma somou apenas um.

O Estância Velha ganhou porque o Farroupilha jogou mal no primeiro tempo e só foi atacar depois do gol do adversário, aos seis minutos da segunda etapa. O final do jogo não deve ser chamado de varzeano, porque há competições organizadas e com bons jogos na várzea. O árbitro (Ivanir Bebber) – sem pulso para impor a disciplina – e a disposição dos jogadores em tumultuar o ambiente estabeleceram o caos no fim da partida.

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Furioso

Quando o time está jogando mal, o técnico aproveita o intervalo para tentar corrigir os defeitos. Irritado, Géverton Duarte  abriu mão dessa condição em Lajeado. Ele ficou do lado de fora do vestiário e, depois, chegou à porta dirigiu uma meia dúzia de palavras e foi se sentar sozinho no reservado destinado ao visitante no Estádio das Cabriúvas, esperando pelo segundo tempo.

Ao final da partida, ele considerou o jogo como uma “porcaria”. Comparou os episódios de briga entre os jogadores com lutar de Muay Thay, mas se atrapalhou e disse que eram lutas de “Humaitá”. Por fim, Géverton confessou se sentir com “cara de cachorro que caiu da mudança”. E um cachorro muito bravo! Estava furioso.

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Escolha

O Pelotas elaborou uma lista de cinco nomes de técnico. Depois ficaram apenas dois: Julinho Camargo e Itamar Schulle. Por fim, a contratação de Julinho, após um mês desde o momento em que a formação da comissão técnica se tornou prioridade na Boca do Lobo. Contratou possivelmente o mais estrategista de todos os integrantes da lista inicial. Mas só isso não basta: terá que ter jogadores e, sobretudo, a solução dos problemas extracampo que solaparam a campanha do time no Gauchão. Tempo existe – mesmo que a escolha do treinador tenha levado quase 30 dias. Afinal, a Série D só começa no final de julho.

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Retorno

O Brasil começou a treinar nesta segunda-feira para jogar a Série D do Brasileiro. O grupo está praticamente pronto e é muito parecido com o que disputou as competições dos últimos dois anos. O Rubro-Negro se mantém firme e competente na manutenção do grupo, fazendo apenas contratações pontuações. Falta muito pouco: um meia ou dois – depende da renovação mde contrato de Túlio Souza. E talvez fique por aí. Dois jogadores para cada posição. Billi pode ter finalmente a chance de jogar e ocupar a vaga que antes era de Edu Silva. Ao contrário do Gauchão, a Série D é menos intensa: um jogo apenas por semana.

– A Divisão de Acesso terá no segundo turno os confrontos das quartas e semifinais no sistema ida e volta. No primeiro turno foi jogo único. Os cruzamentos das quartas: Ypiranga x União Frederiquense, Santo Ângelo x Cerâmica, Brasil de Farroupilha x Tupi e Avenida x Riograndense.

– O Inter/SM fez campanha regular, mas perdeu força na reta de chegada do segundo turno. E assim o time treinado pelo Badico vai continuar no Acesso. Já o Cerâmica reagiu com a chegada de Hélio Vieira e segue sonhando com o retorno à Série A. Haverá a repetição de um confronto das quartas de final do primeiro turno: Brasil/FA e Tupi. Na etapa anterior, o time da Serra se classificou com vitória nos pênaltis em Crissiumal.

– Riopardense (perdeu os 15 jogos em que disputou na competição), Canoas e Marau caíram para a terceira divisão.

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