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terça, 19 de novembro de 2024

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Números da vacinação contra a gripe estão abaixo do esperado em Pelotas

Números da vacinação contra a gripe estão abaixo do esperado em Pelotas
14 maio
08:59 2019

Até segunda-feira (13), 56.563 mil doses da vacina contra gripe haviam sido aplicadas na cidade, atingindo cerca de 56,6% da meta, número muito abaixo da expectativa para o município. Por aqui, o objetivo é imunizar 95% do público-alvo, que é de 125.606 pessoas. Trabalhadores da saúde e crianças de seis meses a menos de seis anos estão dentre os usuários com menor procura. Por enquanto, indígenas, puérperas, professores e idosos lideram a campanha de imunização na cidade.

Na Unidade Básica de Saúde (UBS) da Vila Princesa mais de mil pessoas já foram vacinadas. A preocupação é com as crianças de seis meses a seis anos incompletos, cuja procura está muito baixa.

“Pedimos que os pais ou responsáveis procurem a Unidade para vacinar seus filhos. Estamos à disposição para a comunidade e preocupadas com a baixa procura”, garante a enfermeira Caroline Lopes.

Em geral, a quantidade de pessoas vacinadas na cidade é considerada baixa. A maioria das UBSs tem registrado pouca demanda, caso da UBS PAM Fragata. A unidade é referência para o atendimento e vacinação de crianças, mas enfrenta problemas para garantir o engajamento dos chamados doentes crônicos, o que inclui obesos, transplantados e diabéticos, dentre outros.

Para o aposentado Osmar Luiz Sias Esperança, 53 anos, a vacina representa a chance de um inverno mais tranquilo. “Ano passado não consegui tomar a vacina e passei todo o inverno gripado, daí esse ano fiz questão de vir me vacinar”. Ele é um dos 22 transplantados que já se imunizaram em Pelotas.

Conforme a enfermeira Luciana Almeida, uma das responsáveis pela PAM Fragata, a Unidade é bastante procurada para vacinação das crianças, mas outros públicos ainda apresentam pouco movimento, com destaque para gestantes, puérperas e portadores de comorbidades, caso de Osmar.

“O movimento tem caído ano a ano. As pessoas deixaram de dar importância à vacina, só voltam a procurar socorro quando as doenças começam a retornar”, avalia a enfermeira Luciana.

Atualização

Um dos diferenciais da campanha desse ano, que vai até o dia 31 de maio, é que os profissionais responsáveis pela vacinação estão aproveitando a oportunidade para verificar e recomendar a atualização, se necessário, da Caderneta de Vacinação de crianças e gestantes. A estratégia visa resgatar os não vacinados e aumentar a cobertura vacinal em ambos os públicos, que têm caído progressivamente.

Pelotas está entre as cidades com menor índice de vacinação contra a gripe do Estado. Prefeitura pede que população procure as unidades de saúde do município

Pelotas está entre as cidades com menor índice de vacinação contra a gripe do Estado. Prefeitura pede que população procure as unidades de saúde do município

Público-alvo

Pessoas com mais de 60 anos, doentes crônicos, trabalhadores da saúde, professores, gestantes, crianças de seis meses até seis anos incompletos e demais usuários incluídos no universo de vacinação podem procurar uma das UBSs do município ou o Centro de Especialidades para receber a dose.

Em Pelotas, mais de 125,6 mil pessoas devem ser imunizadas contra a gripe, isso sem contar a população carcerária e os trabalhadores do sistema prisional. A meta é atingir 95% desse universo.

Confira:

Crianças de 6 meses a menor de 2 anos – 6.389

Crianças de 2 a 4 anos – 10.963

Crianças de 5 anos – 3.789

Trabalhadores da Saúde – 18.920

Gestantes – 3.194

Puérperas – 525

Indígenas – 72

Idosos – 49.940

Comorbidades – 29.254

Professores – 2.560

Mitos e verdades*

– Posso pegar gripe após tomar a vacina?

Não. Segundo o Ministério da Saúde, a vacina da gripe é feita com o vírus morto. Ou seja, não há a possibilidade dele atacar o organismo. O que normalmente acontece é que, como a vacina da gripe é aplicada durante o outono e inverno – período de maior circulação do vírus causador – é também comum que outros tipos de vírus, que não os que constam na vacina, causem a doença.

Com isso, tem-se a impressão de que foi o imunizante que levou aos sintomas, mas na verdade foi outro tipo de infecção. Um outro ponto é que a vacina contra a gripe, além se ser produzida por um vírus inativado, é dividida em subunidades. Ou seja, na verdade, a vacina não possui o vírus inteiro, mas sim pequenas partículas do patógeno 100% inativas.

– A vacina está disponível gratuitamente para todos?

Não. Na rede pública, a vacina está disponível somente para pessoas em situação de maior vulnerabilidade. São elas:

  • Crianças de 6 meses a 6 anos incompletos;
  • Gestantes e puérperas (mães que deram à luz há menos de 45 dias;
  • Idosos;
  • Profissionais de saúde, professores da rede pública ou privada, portadores de doenças crônicas, povos indígenas e pessoas privadas de liberdade.
  • Portadores de doenças crônicas (HIV, por exemplo) que fazem acompanhamento pelo SUS também têm direito á vacinação gratuita; aqueles que não têm cadastro, devem apresentar prescrição médica para acesso ao imunizante.

– É preciso tomar a vacina todos os anos?

Sim. Isso acontece por dois motivos. Primeiro, porque a imunidade da vacina se mantém por um período de aproximadamente 12 meses. Segundo, porque a cada ano há vírus diferentes, que causam diferentes tipos de gripe, e a vacina é produzida a partir dos vírus que estão mais propensos a aparecer durante o período de vacinação.

– Gripe e resfriado são doenças diferentes?

Sim. Embora os sintomas sejam muito parecidos, os vírus que causam a gripe e o resfriado são diferentes. A gripe é uma doença mais grave, que causa febre alta, dores musculares, dor de cabeça, dor de garganta e exige mais cuidados para não evoluir para uma pneumonia. Já o resfriado é mais brando e dura menos tempo.

*Fonte: Ministério da Saúde

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