O GIGANTE ACORDOU : Manifestantes protestam contra Dilma
Atos pacíficos pedem saída de Dilma da presidência
Manifestações contra a corrupção e contra o governo de Dilma Rousseff (PT) ocorreram em vários estados e municípios do país no domingo.
Até mesmo em outras cidades do mundo, como Miami e Londres, ocorreram protestos de brasileiros em frente as embaixadas do nosso País. As mobilizações foram organizadas pelas redes sociais nas últimas semanas.
Os atos foram pacíficos e muitos acompanhados pela Polícia Militar. Manifestantes, em sua grande maioria, usaram verde e amarelo, carregaram bandeiras do Brasil e faixas com frases de ordem e exigindo a saída de Dilma Rousseff da presidência da República.
Poucos pelotenses foram às ruas
O protesto, convocado em todo País pelas redes sociais, conseguiu angariar um número considerável de participantes em algumas capitais, mas foi tímido em Pelotas
Segundo a Brigada Militar havia cerca de 500 manifestantes. O grupo concentrou-se no largo do Mercado Público e seguiu caminhando pela Rua XV de novembro até o altar da pátria na Av. Bento Gonçalves de onde partiram para a Av. Dom Joaquim. Quase todos vestindo verde e amarelo, empunhando bandeiras do Brasil, cantando o hino nacional e gritando palavras de ordem contra o Governo Federal. O “fora Dilma” era uma unanimidade no protesto e podiam-se ver também algumas faixas e pedidos de intervenção militar.
O Foro de São Paulo também estava em pauta, assim como acusações de que o governo federal articula um golpe comunista. “O Foro tem que acabar. Todos sabem que é uma reunião de partidos comunistas brasileiros com socialistas de toda a América do Sul para fazer um grande país comunista aqui”, resumiu Guilherme, estudante de direito. Segundo o mesmo estudante, o motivo principal do protesto é o Impeachment da Presidente Dilma, pois acredita que Michel Temer é uma opção melhor. Outros manifestantes acreditam que, havendo a saída da Presidente, acontecem novas eleições e alguns desejam a saída de Temer também, quando de fato seriam convocadas novas eleições.
De acordo com os manifestantes que pediam a intervenção militar, esta é uma prerrogativa constitucional prevista no art. 142. No entanto, não existe na constituição promulgada em 1988, um artigo sequer que preveja este tipo de intervenção. Outros manifestantes passavam pelas faixas e diziam: “não, intervenção militar não”. Os que desejam a participação do exército na política argumentam que o executivo, o legislativo e o judiciário estão envolvidos demais com propinas e corrupção. Portanto, deve ser tomada uma atitude radical. Perguntados sobre os malefícios de uma ditadura, como tortura e cerceamento às liberdades, afirmam que isto é falta de informação e que “na época dos militares eu saía para a rua com minha carteira e voltava para casa com ela” e que “em 1964 não houve golpe”.
O protesto ocorreu de forma pacífica. Aos gritos de “vem pra rua” algumas pessoas nas casas respondiam com manifestações de apoio. As principais bandeiras levantadas eram contra a corrupção e pelo impeachment (o “fora Dilma e leva o PT junto”), além de algumas manifestações em prol da intervenção militar. Pouco antes da hora marcada, uma daquelas chuvas torrenciais de 15min caiu sobre a cidade, o que pode ter limitado a participação dos pelotenses neste movimento nacional.