O NÚMERO 1 : Atuações dentro da média
Eduardo Martini entende que manteve regularidade na temporada de 2016
Titular do Brasil há dois anos e meio, dois acessos em competições nacionais e um título do interior no Gauchão de 2015, Eduardo Martini, 37 anos, está na galeria dos grandes goleiros da história do clube. Quando forem lembradas essas conquistas, o relato do time vai começar por Martini. Ao final de mais uma temporada, o camisa 1 entende que manteve a regularidade. “Meu desempenho esteve dentro da média”.
Em alguns jogos, a importância do goleiro aparece mais do que em outros. Foi o caso, por exemplo, da partida passada – diante do Oeste, no Bento Freitas. Eduardo Martini segurou a vantagem rubro-negra enquanto foi possível. Fez pelo menos três grandes defesas e só foi vazado (empate por 1 a 1), aos 52 minutos do segundo tempo. Ouviu seu nome ser gritado, em coro, pela torcida na saída de campo.
“Em alguns jogos eu pude ajudar bastante, em outro nem tanto. Mas não tive falhas e mantive a regularidade”, comenta o goleiro, que aponta outra partida de grande atuação: vitória de 2 a 0 diante do Bragantino, em Bragança Paulista. “Tem alguns jogos que a gente nem aparece tanto com defesas, mas tem participação importante por visualizar o jogo e orientar o pessoal”, acrescenta.
Uma das evoluções apontadas, antes do início da Série B, pelo técnico Rogério Zimmermann era a de o time trabalhar mais a posse de bola na defesa – inclusive, usando o goleiro. Martini diz que isso ocorreu, mas observando sempre uma margem de segurança. “Por uma estão de estilo de jogo, nós trabalhamos ali atrás com “erro zero”. Não nos arriscamos nessa transição, enquanto outros times se arriscam mais. Mas a necessidade de evolução é permanente”, completa.
Dois goleiros “felizardos”
O Brasil conta com dois goleiros “felizardos”. Esta é a maneira que os filhos de Feliz – cidade situada no Vale do Caí – costumam definir quem nasceu nessa terra. Por coincidência Eduardo Martini e Luiz Felipe são de Feliz. E contemporâneos (Martini é dois anos mais velho). Mas não tiveram convivência na infância. Só foram se “encontrar” mesmo no grupo do Xavante.
“Não tivemos contado na infância, porque o Luiz (Müller) saiu muito cedo de lá. Foi para Farroupilha, com dois anos. E fiquei em Feliz até meus seis anos. Fomos nos conhecer em Porto Alegre, quando eu jogava no Grêmio e ele no Inter”, relata Martini. Os dois chegaram a jogar contra na base das equipes de Porto Alegre.
O tempo passou. Quando Luiz Müller deixou o Brasil, em 2014, contratado pelo Sampaio Correa, Martini foi o escolhido para substituí-lo. No ano passado, Luiz Müller retornou para o Bento Freitas e aí os dois goleiros de Feliz tiveram finalmente a oportunidade de trabalhar juntos, disputando posição.
Por serem de uma cidade de colonização alemã, os dois possuem origem germânica. Embora o sobrenome Martini seja de origem italiana, o Eduardo tem descendência alemã por parte das duas avós. “Nos dois (goleiros) falamos o dialeto pomerano”, diz Martini.