O planeta é Real
O Grêmio sonhou em acabar com o planeta, mas o máximo que conseguiu foi perder por pouco (1 a 0) para o Real Madrid na final do Mundial de Clubes, sábado, no estádio Zayed Sports City, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Cristiano Ronaldo marcou gol de falta, aos sete minutos do segundo tempo, e levou a equipe merengue para a conquista de seu sexto título mundial (três deles nas últimas quatro edições do torneio intercontinental). O Grêmio buscava o bicampeonato, porque subiu ao topo do mundo em 1983.
O primeiro tempo do Grêmio foi bom. Houve aplicação tática e marcou bem o Real Madrid. Tentou jogar quando ficou com a posse de bola, mas, depois de trocar alguns passes, a bola voltava novamente para os jogadores de camisas brancas. Após fazer uma marcação alta nos primeiros minutos, o time de Renato Gaúcho foi cedendo campo para o domínio do adversário. A única conclusão do tricampeão da América (em toda a partida) foi com Edilson, cobrando uma falta. A bola passou por cima do travessão de Keylor Navas.
O Real não teve chance clara de gol. O lance mais perigoso ocorreu numa finalização de Modric, aos 23. Marcelo Grohe se esticou, mas a bola foi para fora. Antes, Cristiano Ronaldo tinha arriscado um chute de fora da área e participou ainda de um lance na área, quando demorou demais para definir a jogada e Kannemann, de carrinho, afastou o perigo.
BARREIRA ABRIU – A superioridade técnica do Real ficou clara no segundo tempo. A vantagem se expressou no placar numa cobrança de falta de Cristiano Ronaldo. O português deu um chute seco, a bola passou entre Barrios e Luan – a barreira abriu – e deixou Grohe sem chance de ação. Depois, a equipe espanhola comandou o jogo. Teve gol anulado do CR7 (impedimento de Benzema), bola na trave em chute de Modric e ótimas defesas de Marcelo Grohe em conclusões de Casemiro e Bale.
Hexacampeão
O Real Madrid conquistou seu sexto título mundial: três no formato antigo (confronto entre o campeão europeu e o campeão da América do Sul) e três no formado atual – torneio com representes de todos os continentes. O time merengue levou a taça em 1960 (empate por 0 a 0 e vitória por 5 a 1 diante do Peñarol), 1998 (venceu o Vasco por 2 a 1), 2002 (2 a 0 no Olímpia), 2014 (vitória de 2 a 0 diante San Lorenzo), 2016 (4 a 2 no Kashima Anthlers) e 2017 (1 a 0 no Grêmio).
Os espanhóis se igualaram aos brasileiros em números de títulos mundiais: 10 conquistas. O Real ganhou seis vezes; o Barcelona, três; e Atlético de Madrid, um. Os campeões do Brasil: São Paulo, três títulos; Corinthians, dois; Santos (dois), Grêmio, Flamengo e Internacional. Os europeus ganharam 10 das últimas 11 edições do Mundial.
BRONZE – O Pachuca deixou Abu Dhabi com o prêmio de consolação ao vencer o Al Jazira por 4 a 1, neste sábado, e ter conquistado o terceiro lugar do Mundial de Clubes. Em sua quarta participação, o time mexicano conquistou seu melhor resultado, sendo premiado com as medalhas de bronze.
REAL MADRID
Keylor Navas
Carvajal
Varane
Sergio Ramos
Marcelo
Casemiro
Toni Kross
Modric
Isco (Lucas Vázquez)
Benzema (Bale)
Cristiano Ronaldo
Técnico: Zinedine Zidane
GRÊMIO
Marcelo Grohe
Edilson
Geromel
Kannemann
Bruno Cortez
Jailson
Michel (Maicon)
Ramiro (Everton)
Luan
Fernandinho
Barrios (Jael)
Técnico: Renato Gaúcho
- Local: Estádio Zayed Sports City, em Abu Dhabi (Emirados Árabes)
- Árbitro: César Arturo Ramos (México)
- Assistentes: Marvin Torrentera Rivera e Miguel Hernández (ambos mexicanos)
- Cartão amarelo: Casemiro (Real)
- Gol: Cristiano Ronaldo (sete minutos do segundo tempo)