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quinta, 14 de novembro de 2024

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O riso que faz pensar na websérie “Shirley & Deisê”

O riso que faz pensar na  websérie “Shirley & Deisê”
21 agosto
08:58 2020

Terça às 21h será a estreia do quarto episódio da websérie com docentes da UFPel

Por Carlos Cogoy

Shirley é interpretada por Maria Falkembach (UFPel)

Shirley é interpretada por Maria Falkembach (UFPel)

O marido da vizinha Marislaine está entre os temas da primeira “live”, que reúne as amigas Shirley (Maria Falkembach), e Deisê (Marina de Oliveira). No primeiro episódio da websérie, que estreou no começo deste mês, e tem produção, roteiro e interpretação, de docentes da UFPel – com apoio de estudantes -, além das tiradas hilariantes das amigas que estão se comunicando virtualmente pela primeira vez, também uma indignação. E o comentário é sobre o vizinho que sai de casa para participar de uma manifestação em apoio ao governo. A personagem Shirley diz: “E é tudo pobre igual a gente, mas fica atrás daquele safado que só faz as coisas para os ricos. Olha, nós estamos perdendo todos os nossos direitos. Eu encontrei dia desses com a Nilze, lá do sindicato. Sabe o que ela disse? Que vão acabar com o sindicato”. Para assistir basta acessar o canal “SHIRLEY & DEISÊ” no Youtube.

CASAMENTO DE CLEICIANE é o mote do segundo episódio, lançado dia 11. A afilhada de Deisê é o tema da conversa entre as amigas. Entre as expressões engraçadas, a preocupação é com o casamento precoce da jovem. Como argumentos que questionam a união, o episódio tangencia questões como o machismo. No terceiro episódio, que foi publicado nesta semana, o desdobramento sobre o casamento, abordando sobre gravidez indesejável, e a necessidade de autonomia sobre os rumos pessoais. Temperando cada abordagem, trejeitos e clichês das personagens, que garantem boas risadas.

Deisê é personificada por Marina de Oliveira (UFPel)

Deisê é personificada por Marina de Oliveira (UFPel)

IDEIA – Maria Falkembach menciona: “A ideia desde o início era tocar em temas políticos de maneira divertida. Com o princípio que considera o momento do teatro também como momento alegre. E passamos a buscar textos para duas atrizes, que fossem simultaneamente políticos, e desenvolvessem a comicidade. Encontramos fragmentos de vários textos e começamos a buscar personagens, um espaço que pudesse costurar esses textos. Mas, precisávamos de uma situação. Foi aí que surgiu a ideia das mulheres que limpam. Depois veio a ideia de um posto de saúde, porque poderíamos construir diversas situações, inclusive com o público. Já estávamos imaginando o público colocado na fila do posto, recebendo fichas, esperando o momento de ser atendido. Porém, com as medidas de isolamento, tudo ficou diferente, fomos reinventando, encontrando outro modo de atuar, algo entre o teatral e o realista. Acho que ainda estamos encontrando esses corpos. O estranho é que no teatro, o processo de construção segue, e no vídeo ele fica estático. Então, pra nós está sendo um aprendizado tremendo”.

         EQUIPE – Oito episódios já estão gravados. Na equipe: Paulo Gaiger (direção); Cintia Langie e Ana Paula Ambrosano Ribeiro (montagem e finalização); Paulo, Maria e Marina (roteiro e dramaturgia); Ana Paula Ambrosano Ribeiro, Kevin Proença, Victor de Souza (animação e identidade visual); Leandro Maia (música tema); Gonçalo Maia: referência de desenho das letras.

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