OPERAÇÃO CARGA PESADA : Pelotas na rota do combate ao crime organizado no RS e SP
A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Bagé, deflagrou na manhã da última sexta-feira, a Operação “Carga Pesada”, a fim de combater uma organização criminosa responsável pelo tráfico de drogas e fornecimento de armamentos nas regiões de Bagé e Pelotas.
A Polícia Civil representou pelo sequestro de dois imóveis, veículos, bloqueios de contas bancárias, buscas e apreensões e a prisão do líder da organização.
Foram cumpridas mais de 60 ordens judiciais no Rio Grande do Sul, São Paulo e Goiás. No RS, as buscas e sequestros de bens ocorrem em Bagé, Pelotas e Charqueadas.
A investigação começou a partir de uma célula da “organização”, responsável pelo abastecimento de grande parte da droga que é traficada na região da fronteira com o Uruguai.
Essa organização, liderada por um detento recolhido na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas, comanda dezenas de “bocas” de tráfico em diversas cidades do Estado.
A partir dele os policiais conseguiram identificar um outro detento, também da PASC, que atuava como o principal fornecedor de droga, em um nível hierárquico superior da Organização. Trata-se de um indivíduo de altíssima periculosidade, que atualmente está foragido do sistema prisional, após ter rompido a tornozeleira eletrônica – embora ciente do rompimento desde abril desse ano, a Vara de Execuções Criminais da Capital não decretou sua prisão.
Além da identificação dos dois líderes, a Polícia conseguiu interceptar, v durante o período da investigação, várias cargas de droga, com apreensões de mais de 50 quilos de cocaína e crack e mais de 100 quilos de maconha.
Além da droga a Polícia já fechou três laboratórios de refino de droga que os criminosos tentaram instalar nas cidades.
Com o aprofundamento das investigações, os policiais identificaram um complexo esquema de lavagem de dinheiro que distribuía o dinheiro do tráfico de drogas por centenas de contas bancárias espalhadas por todo o Brasil. O dinheiro era
depositado no interior do Estado do RS nessas contas bancárias para o pagamento da droga – e retornava com aparência lícita -, para compra e construção de imóveis, veículos, e garantir a vida dos familiares dos criminosos.
Foram apreendidos mais de 300 comprovantes de depósito, em um sistema de pagamentos de cerca de R$50 mil por semana!
O delegado Cristiano Ritta, titular da Draco de Bagé, destacou que o trabalho conjunto da Polícia Civil, Brigada Militar e Polícia Rodoviária Federal em Bagé, tem garantido que uma importante quantidade de droga seja retirada todos os meses das ruas, além do combate financeiro ao crime organizado.
Participaram da operação, policiais civis da 9ª, 17ª e 18ª Região Policial, com apoio do setor de inteligência da Brigada Militar de Bagé.