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sexta, 03 de maio de 2024

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Operação Castelo prende 14 em Pelotas Força Tarefa da Polícia Civil cumpriu 20 mandados de prisão no combate ao abigeato

09 agosto
08:59 2017

A Polícia Civil, através da Força Tarefa de Combate aos Crimes Rurais e Abigeato, com o apoio da 18ª Região Policial (Pelotas) e 9ª Região Policial (Bagé), deflagrou ontem a Operação Castelo. Em Pelotas. Os policiais cumpriram 20 Mandados de Prisão e 18 Mandados de Busca e Apreensão. Durante a ação, 14 pessoas foram presas, sendo apreendidos materiais utilizados para a prática do crime de abigeato, como facas, moedores de carne e balança. Dentre os presos, está o líder da organização criminosa.

A Força Tarefa de Combate aos Crimes Rurais e Abigeato completa um ano de atividades com excelentes resultados. Segundo os delegados Adriano Linhares, Márcio Steffens e Luis Eduardo Benites, a Operação Castelo é fruto de um ano de investigações da Força Tarefa de Combate aos Crimes Rurais e Abigeato, onde o alvo foi uma das maiores e mais bem estruturadas organizações criminosas de abigeato na forma de carneada do RS. “Ao longo de décadas, o grupo criminoso, hoje liderado por um dos investigados, furtou milhares de cabeça de gado da metade sul do Estado. Estima-se que apenas uma dupla de carneadores furtou mais de 700 animais nos últimos 12 meses, sendo que essa dupla era tratada pelo líder como ‘uma das minhas equipes’”, explicaram os delegados.

Acredita-se, conforme os policiais da força tarefa, que aproximadamente 1.500 animais bovinos e ovinos foram furtados pelo grupo criminoso no último ano. Sempre furtando bovinos e ovinos na forma de carneada e utilizando carros roubados, o bando se tornou um dos mais temidos dos produtores rurais da metade Sul do Estado. “É uma das principais organizações criminosas responsáveis por inúmeros crimes rurais, principalmente abigeato”, afirmou o chefe de polícia, delegado Emerson Wendt.

Com inúmeros ataques em cidades como Bagé, Dom Pedrito, Candiota, Aceguá, Pinheiro Machado, Piratini, Jaguarão, Rio Grande, São Lourenço do Sul, Canguçu, Caçapava do Sul, Jaguarão, Lavras do Sul, Rosário do Sul, Cachoeira do Sul, entre outras, o bando costumava ser chamado pelos produtores rurais de “Grupo dos Seis”, por carnearem em média seis animais bovinos por vez. A carne era levada pelos abigeatários para a cidade de Pelotas, onde a organização criminosa era sediada. Em Pelotas, o líder que possuía várias “equipes” de carneadas, repassava a carne furtada para açougues, bares e restaurantes.

Durante as investigações, a força tarefa chegou a pegar em flagrante pelo menos quatro equipes de carneadores da organização e recuperou dez carros roubados adaptados para transportar carne. Entre os 20 mandados de prisão decretados pelo Poder Judiciário, estão carneadores (indivíduos que iam a campo realizar os furtos), empresários (que receptavam a carne furtada), um advogado (que auxiliava nas ações da organização criminosa) e uma servidora pública da Guarda Municipal de Pelotas (que além de realizar cobranças para o grupo, também fornecia informações privilegiadas aos criminosos, como barreiras da polícia).

A Polícia Civil vem realizando uma forte repressão a esta modalidade de crime, pois além de lesar indiretamente toda a população em razão da sonegação fiscal, tem como vítimas diretas aquele que perdeu os animais quando furtados e o consumidor final porque passava a ser um potencial candidato a adquirir várias doenças graves, já que os animais, muitas vezes vacinados recentemente, são carneados a campo, sem as mínimas condições de higiene.

PRISÕES ocorreram em vários locais na manhã de ontem

PRISÕES ocorreram em vários locais na manhã de ontem

A ação também teve a participação da Divisão de Apoio Aéreo, que utilizou o helicóptero da Polícia Civil dando apoio às equipes que cumpriam os mandados.

APREENSÃO -Três equipes do Departamento de Vigilância Sanitária (Visa) da Secretaria de Saúde (SMS) participaram, na manhã de ontem, de uma operação articulada pela Polícia Civil, na zona sul do Estado, com o objetivo de reprimir o crime de abigeato. A Visa foi solicitada devido à necessidade de apreensão e inutilização de produtos sem origem comprovada ou sem condições de consumo por seu estado físico comprometedor.

Em visita a diversos estabelecimentos em Pelotas, foram apreendidos e inutilizados cerca de 100 quilos de carne bovina, miúdos de rês e filé de peixe. Em um local também foram descartados cerca de 250 vasilhames de bebidas diversas, que estavam com a data de validade vencida, mas permaneciam armazenadas. A operação contou com oito agentes fiscais e dois motoristas da Visa.

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