Pacto pela Paz incentiva mães a refletirem sobre a educação dos filhos
Ajudar os pais e cuidadores a entender que a forma como educam seus filhos impacta, diretamente, no comportamento deles ao longo da vida é um dos objetivos do ACT – Criando Crianças em Ambientes Seguros.
O programa do Pacto Pelotas pela Paz está presente em diversas regiões da cidade, alcançando 108 famílias pelotenses, com o objetivo de fortalecer os vínculos afetivos, ensinar sobre o crescimento infantil e, sobretudo, estimular relações saudáveis, baseadas no diálogo e no afeto, que se mantenham distantes da violência.
Esta é uma das apostas da Prefeitura para reduzir os índices de criminalidade no município, ao prevenir a violência dentro dos lares pelotenses e evitar que crianças e jovens cresçam em ambientes inseguros. Na última quarta-feira, foi realizada a sexta sessão do programa com mães da Santa Terezinha, na Escola Municipal Osvaldo Cruz. Na ocasião, a coordenadora do ACT, Alicéia Ceciliano, enfatizou aspectos relacionados aos estilos parentais, ou seja, a forma como os pais educam e disciplinam seus filhos, destacando que as tradições de família, cultura e história influenciam a forma como serão com as crianças.
“Não existe uma cartilha pronta para ser pai: todos acertamos e erramos porque estamos em processo de aprendizagem constante. Alguns vão querer ser semelhantes a seus pais, enquanto outros se comportarão de forma oposta, dependendo de como foram suas experiências de infância”, esclareceu às mães.
DISCIPLINAR NÃO É PUNIR
Depois de conversarem a respeito de experiências na infância e refletirem sobre o quanto isso interfere na maneira como educam os filhos, o grupo discutiu sobre uma questão que divide opiniões: qual a melhor forma de disciplinar as crianças? Alguns acreditam que o jeito correto está associado ao cumprimento de regras, obediência e rigor na educação, com punição; já outros, são permissivos e indulgentes, deixando os pequenos fazerem o que quiserem.
Em todos os modos, algo precisa ser lembrado, de acordo com Alicéia: disciplina não tem a ver com punição. “São coisas totalmente diferentes. Enquanto a disciplina enfatiza os comportamentos positivos, a punição salienta os negativos”, frisou, ressaltando que as crianças aprendem ao observar os adultos.
TROCA DE EXPERIÊNCIAS
A possibilidade de compartilhar experiências e sentimentos foi destacada por uma das mães do grupo da Santa Terezinha. “Tem sido um grande aprendizado. Mesmo tendo um filho adolescente, não considero ele criado, portanto, faço questão de seguir aprendendo. O ACT tem me ajudado a melhorar ainda mais o que já procuro fazer com ele: amar, proteger e cuidar. Tudo com autoridade e não autoritarismo, sabendo conversar sempre e olhar nos olhos”, afirmou Rose.