Diário da Manhã

sábado, 23 de novembro de 2024

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Papa critica “hipocrisia” dos religiosos que “vivem como ricos”

18 agosto
10:20 2014

O pontífice também defendeu o celibato na Igreja Católica, e afirmou que atitude “expressa a entrega exclusiva ao amor de Deus”

O papa Francisco criticou sábado a “hipocrisia” dos religiosos que “vivem como ricos” e pediu que a comunidade eclesiástica mantenha o voto de pobreza durante sua visita a um centro católico de atendimento a incapacitados na Coreia do Sul.

“A hipocrisia dos homens e mulheres consagrados que professam o voto de pobreza e, no entanto, vivem como ricos, prejudica a alma dos fiéis e prejudica à Igreja”, declarou Francisco perante quatro mil membros das comunidades religiosas sul-coreanas no complexo de Kkottongnae, 100 quilômetros ao sul de Seul.

O pontífice também defendeu a castidade que “expressa a entrega exclusiva ao amor de Deus”, em um momento em que se propõe o desaparecimento do celibato na Igreja Católica. “Todos sabemos o exigente que é (a castidade) e o compromisso pessoal que comporta. As tentações neste campo requerem humilde confiança em Deus, vigilância e perseverança”, disse o papa aos religiosos sul-coreanos.

Papa Francisco em visita à Coréia do Sul

Papa Francisco em visita à Coréia do Sul

Posteriormente Francisco se encontrou com 150 representantes dos laicos da Igreja Católica sul-coreana, a quem pediu auxílio para ajudar aos pobres e esforços para que todos os cidadãos desfrutem da “dignidade de ganhar o pão e manter suas famílias”.

Também lhes instou em seu discurso a “promover os casamentos” nos tempos atuais, que qualificou como “uma época de grande crise para a vida familiar”.

O líder do Vaticano, que iniciou na quinta-feira uma viagem de cinco dias a Coreia do Sul, conheceu no terceiro dia de sua visita o complexo católico Kkottongnae, onde são atendidas milhares de pessoas com incapacidade.

Antes deste encontro com os incapacitados, o pontífice beatificou 124 mártires do país na praça de Gwanghwamun de Seul, em cerimônia assistida por centenas de milhares de pessoas. Francisco encerrará hoje uma visita histórica por ser a primeira de um papa em 25 anos à Coreia do Sul, que abriga 5,4 milhões de católicos, mais de 10 % da população.

 

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