PARA RECORDAR : Brasil superou Ypiranga na semifinal da Copa Amoretty
Duelo emocionante no Bento Freitas colocou Xavante na final da Copa RS 2007
Por: Henrique König
Aquele jogo épico já invadiu as redes sociais xavantes. O Brasil fez uma linda campanha na Copa Paulo Amoretty, a Copa RS de 2007. Terminou em primeiro lugar do Grupo 1 com 10 vitórias, quatro empates e duas derrotas. Nas quartas de final, eliminou o Cruzeiro, na época de Porto Alegre, hoje de Cachoeirinha. Na semifinal tinha pela frente o Ypiranga de Erechim. Após perder a ida por 2×0 no Colosso da Lagoa, a necessidade de reversão no Bento Freitas.
A torcida acreditou e lotou o estádio, com linda festa desde a entrada em campo. O Bento Freitas precisa estar nesse ritmo no próximo domingo, quando Brasil e Ypiranga duelam pela ida da semifinal do Gauchão 2022. Com a bola rolando, o primeiro gol veio cedo e ajudou a manter time e torcida em sintonia. Em cruzamento da direita em falta cobrada por Terrão, o zagueiro Alex Martins antecipou o goleiro e meteu a bola na rede, pulando para comemorar no alambrado: 1×0.
Quando a lógica queria abandonar a Baixada mais uma vez e a noite já cobria a ansiosa Princesa do Sul, o uruguaio Nicolás tomou o protagonismo. Primeiro recebeu passe primoroso do ídolo Milar e encobriu o goleiro Alexandre Marasca: 2×0, aos 35’ do segundo tempo. Na entrada do acréscimo, a entrada para história. Outro passe em velocidade para o delantero castelhano, ele ingressava para grande área quando preferiu tapear a bola como uma tacada de sinuca com preciosidade, caçapa no canto, fora do alcance do Ypiranga: 3×0, aos 46’, placar final.
Com o gol nos acréscimos, ao apito final, a torcida não resistiu e foi para o campo comemorar a classificação com os atletas
“Dentro da planificação tática, o que mais os atletas precisavam era acreditar na capacidade deles próprios, porque se não acreditassem na capacidade, de nada adiantaria o planejamento e o demonstrado a eles. Procuramos tirar a sobrecarga da responsabilidade e trabalhamos o aspecto emocional”, avaliou o técnico Suca.
“Me sentia bem no Brasil desde o primeiro amistoso com a equipe, contra o Rocha, do Uruguai, então tive a sorte de poder converter gols rapidamente para minha tranquilidade e creio que isso me aproximou do torcedor”, destacava o jovem Nicolás, então com 23 anos na época.
A noite de comemoração se estendeu pelo fim de domingo, 25 de novembro de 2007. E assim deseja novamente o torcedor xavante. A diferença é que dessa vez, na Baixada, é o jogo de ida. Uma vitória consistente pode encaminhar a situação no Campeonato Gaúcho.
O Brasil do técnico Suca formou em 2007 com: Rodrigo Silva, Flavinho (Tiago Rodrigues), Régis, Alex Martins, Pedro Ayub (Ederson), Ivanildo, Carlos Alberto, Terrão (Rafael Bittencour), Nicolás, Claudio Milar e Hyantony. A equipe acabaria vice-campeã para o Caxias, nos pênaltis, na decisão.
