Diário da Manhã

segunda, 18 de novembro de 2024

Notícias

Parque Dom Antônio Zattera recebe primeiras etapas de projeto de requalificação

Parque Dom Antônio Zattera recebe primeiras etapas de projeto de requalificação
27 novembro
09:14 2019

O projeto, previsto para ser entregue até o primeiro semestre de 2020, será idealizado pelo curso de Arquitetura e Urbanismo da UCPel.

O Parque Dom Antônio Zattera, localizado na Av. Bento Gonçalves, recebeu os primeiros passos de um projeto de requalificação. A proposta do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), através dos Programas de Extensão Sustentabilidade no Habitat Social e Apoio às Práticas Patrimoniais, é melhorar aspectos indicados pelos usuários da praça e contribuir para que novas pessoas usufruam do espaço.

Esse será o primeiro projeto desenvolvido em parceria entre os dois programas. Conforme explica a coordenadora do Sustentabilidade no Habitat Social, professora Joseane Almeida, a situação das praças integra hoje as ações do programa, uma vez que viabilizar moradias engloba também a questão do entorno. E o Parque Dom Antônio Zattera ainda tem o diferencial de compor o conjunto histórico de Pelotas declarado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Cultural Brasileiro, justificando a atuação conjunta dos grupos.

O projeto está nas primeiras etapas. Duas visitas foram realizadas pelos membros dos programas, professores e bolsistas, a fim de reconhecer o espaço e identificar quais atividades são realizadas. Segundo os professores envolvidos no projeto, antes do trabalho técnico, de medição e localização dos itens disponíveis, é preciso fazer um levantamento físico e comportamental.

Conforme explica a coordenadora do Programa de Extensão Apoio às Práticas Patrimoniais, professora Daniele Luckow, no Parque Dom Antônio Zattera foi adotada a metodologia Mapa Comportamental. Através da observação, realizada em diferentes dias e turnos, o grupo busca identificar o perfil dos usuários do local, se os espaços estão sendo utilizados conforme foram planejados, quais problemas o espaço apresenta e se atende às necessidades do público-alvo. “Para identificar os usos do local, além daqueles que já sabemos, trabalhamos com mapas, fichas e acompanhamentos em vários períodos”, complementa Daniele.

Após esse levantamento, é realizado um mapeamento com as informações coletadas. No caso do Parque Dom Antônio Zattera, essas informações são ainda mais importantes, já que a praça tem uma característica muito peculiar: recebe diferentes públicos e atividades de acordo com o dia da semana ou época do ano. Como exemplo, a professora Joseane cita as feiras agroecológicas realizadas aos sábados; o fechamento da rua principal aos domingos para lazer; eventos cívicos ao redor do Altar da Pátria; espaço de circulação durante a semana, etc…

O projeto está nas primeiras etapas. Duas visitas foram realizadas pelos membros dos programas, professores e bolsistas, a fim de reconhecer o espaço e identificar quais atividades são realizadas.

O projeto está nas primeiras etapas. Duas visitas foram realizadas pelos membros dos programas, professores e bolsistas, a fim de reconhecer o espaço e identificar quais atividades são realizadas.

Com o mapeamento em mãos, o grupo analisará se os espaços estão sendo utilizados conforme foram planejados. Se isso não estiver ocorrendo, eles buscarão descobrir junto aos usuários os motivos e, a partir disso, propor ações que valorizem o local e o desejo da comunidade. “O projeto precisa levar em consideração o que a população busca no espaço. Não adianta idealizarmos algo que não atenda as necessidades das pessoas que utilizam a praça. Se isso acontece, a tendência é que elas não se reconheçam e deixem de ocupar o espaço”, explicam as professoras.

Além de valorizar o que o parque já oferece e melhorar determinados aspectos, como iluminação, áreas de circulação e espaços voltados a lazer e recreação, os professores e acadêmicos do curso de Arquitetura e Urbanismo da UCPel buscam implementar características que contribuam para uma utilização mais eficaz. Com isso, querem alcançar também pessoas que não costumam frequentar o espaço, dando ao lugar um aspecto mais inclusivo. A previsão é de que a proposta final seja apresentada até o final do primeiro semestre de 2020.

Notícias Relacionadas

Comentários ()

Seções