Patrulha Rural faz mais de 780 ações no primeiro quadrimestre do ano
Mapeamento das ocorrências é uma das estratégias para elevar a segurança na Colônia
Desde a implantação da Patrulha Rural em fevereiro deste ano, rondas 24 horas e o patrulhamento focado na proteção de moradores, comerciantes, escolas e Unidades Básicas de Saúde (UBSs) se tornaram rotina na zona rural. Somente nos primeiros quatro meses de atuação da entidade ligada à Guarda Municipal, três carros roubados foram recuperados e mais de 780 ações realizadas na Colônia de Pelotas.
Maio bateu o recorde até agora ao somar 280 intervenções, 113 a mais do que o primeiro mês quando foram registradas 166 operações. O patrulhamento é a principal tática utilizada e mira a manutenção da segurança e a redução do tempo de atendimento, concentrado no coração dos distritos.
Ainda há bastante trabalho pela frente, mas o acerto da estratégia aponta as respostas iniciais aos anseios da comunidade local. A recuperação do automóvel Volkswagen Gol, encontrado em fevereiro na Colônia Osório, de um Fiat Uno e outro Volkswagen Gol, localizados em abril, comprova que a investida não chegou apenas para marcar presença. Vai provocar mudanças efetivas.
O trabalho envolve o revezamento de duas duplas na viatura que percorre as estradas e ajuda a proteger propriedades, estabelecimentos comerciais, de saúde e educandários em oito distritos. A Patrulha conta também com o apoio do Grupo de Ações Rápidas (GAR) da GM, com quem deflagrou duas operações conjuntas. A Polícia Civil também é outra parceira importante nas investigações
Ao alcance de todos – Os patrulheiros apostam na construção de uma relação próxima com a comunidade. Além do telefone da Guarda Municipal, o 153, existe um grupo fechado no aplicativo Whatsapp no qual é possível o contato direto com os policiais. Mais de cem pessoas colaboram na rede de informações.
Ao se referir à importância da presença policial preventiva e ostensivamente, o comandante da Patrulha Rural, David Brião, diz acreditar no declínio progressivo da criminalidade. “Notamos a queda na ocorrência de furtos simples desde o começo da nossa atuação”, enfatiza.
A proteção abrange ainda o patrulhamento nas festas da comunidade, atividades que chegam a concentrar entre 800 e 1,8 mil pessoas e que, anteriormente, atraíam assaltos para as imediações.
O coordenador do 3º Distrito, no Cerrito Alegre, Zelmuth Tessman, confirma o crescimento da confiança no desempenho da Patrulha Rural. Tessman comenta ouvir cada vez mais pessoas elogiarem o atendimento, considerado diferenciado. “Sentimos que eles estão empenhadíssimos, sempre atentos, girando pelas nossas estradas”, comemora o representante.
Mapeamento – Apesar da dedicação em garantir progressivamente a segurança na colônia, as intervenções ainda carecem de dados detalhados fora da área urbana. Por muitos anos foi comum os incidentes não serem informados oficialmente à polícia. Esta é outra realidade que será transformada.
Equipes da Secretaria de Segurança Pública (SSP) investem no levantamento de quais locais registram a maior incidência e quais os tipos de ações criminosas são as mais frequentes. Em paralelo, a comunidade é incentivada a contribuir ao registrar os delitos praticados em qualquer uma das oito divisões de abrangência.
A meta é construir um mapeamento para desenvolver as intervenções táticas, direto nos lugares que mais necessitam. Esta é, inclusive, uma das principais estratégias para coibir o abigeato. “É com essa base de dados que vamos traçar o planejamento de nossas ações e torná-las ainda mais efetivas no combate ao crime”, afirma o secretário Aldo Bruno Ferreira.
A ampliação do serviço também está nos planos da SSP. O próximo passo será a inserção de uma segunda viatura para operar na Patrulha Rural. “Não vamos deixar que falte efetivo nessas regiões”, conclui o secretário.