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segunda, 25 de novembro de 2024

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PEDAGOGIA WALDORF : Uma nova forma de educação infantil

PEDAGOGIA WALDORF : Uma nova forma de educação infantil
24 agosto
09:05 2017

Sábado das 14h às 17h30min, vivência “Portas Abertas” a famílias interessadas em conhecer uma pedagogia alternativa

Por Carlos Cogoy

Desenvolver indivíduos livres, íntegros, socialmente competentes e moralmente responsáveis, considerando as diferentes características de cada um.  Objetivo da pedagogia Waldorf que, em Pelotas, há dois anos é divulgada no Espaço de Convívio Guayí Mirim – rua Dr. José Otoni Xavier 112 -, na Zona Norte. O projeto é destinado a crianças entre dois e seis anos e, nesta semana, terá atividade que ocorre a cada início de semestre. Trata-se do Ciclo de Palestras e Vivências “Portas Abertas”. Organizadores ressaltam: “O ciclo receberá famílias interessadas em saber mais sobre a pedagogia Waldorf, apontada pela UNESCO como a proposta capaz de responder aos atuais desafios da educação. Além disso, será oportunidade para conhecer nosso espaço, e vivenciar nossa prática. O evento é direcionado para adultos, e as vagas são limitadas. Crianças serão bem-vindas, e poderão brincar no quintal, desde que venham com acompanhante para cuidar delas durante o período da vivência”. Será solicitada a contribuição de R$10,00, e o valor arrecadado, informa a equipe do “Guayí Mirim”, cobrirá despesas da vivência e auxiliará o fundo de formação de professores. Informações e inscrições: (53) 9 8123.5778. E-mail: [email protected]

Crianças confeccionam os brinquedos

Crianças confeccionam os brinquedos

PRINCÍPIOS que embasam a ação pedagógica: “Na metodologia Waldorf, durante a primeira infância, focamos em dinâmicas que priorizam a atividade corpórea, a arte, a contação de histórias, o contato com a natureza, a alimentação saudável, a solidariedade e o livre brincar. Um dos preceitos fundamentais é respeitar o ritmo diário de atividades, o que dá segurança para a criança. Organizamos o nosso calendário anual de atividades em épocas, nas quais, aproximadamente, a cada mês, é trabalhado um tema envolvendo as estações do ano e algumas festas cristãs, como Páscoa, São João e Natal. São oferecidas, em cada época, as rodas rítmicas com gestos e movimentos, além de brinquedos e elementos da natureza à disposição da criança para que ela, livremente, possa utilizar a sua imaginação e criar as suas brincadeiras. Priorizamos também a alimentação orgânica, a contação de histórias, pinturas em aquarela, atividades de jardinagem e manualidades”.

Guayí mirim logoTRAJETÓRIA – Desde 2012, grupo tem debatido os princípios da pedagogia Waldorf. O coletivo divulga: “É uma iniciativa de autogestão que, há cinco anos, iniciou com grupo de estudos de Antroposofia e Pedagogia Waldorf. Em 2013, foi realizado um projeto de convivência entre mães, pais e crianças, no qual se trabalhava com atividades artísticas, horta, compostagem e alimentação natural. Em 2014, iniciou-se a Pequena Guayí, um passo ainda maior, aonde as famílias deixavam as suas crianças pela manhã. A acolhida acontecia com duas ‘jardineiras’, designação das cuidadoras na pedagogia Waldorf. Em 2015, já com sede própria, o nome mudou para Guayí Mirim. As palavras do tupi-guarani, significam pequena e boa semente. Atualmente, estamos em vias de concretizar a ‘Associação Sophia’, dando suporte legal à nossa proposta, que é iniciar uma escola baseada na Pedagogia Waldorf em Pelotas. Algumas pessoas do grupo de estudos já concluíram, e outras estão realizando, a formação em Pedagogia Waldorf, cuja duração é de quatro anos, e acontece na fazenda de Agricultura Biodinâmica Capão Alto das Criúvas, em Sentinela do Sul. Além disso, vários jardins e escolas Waldorf no Brasil, servem de inspiração e modelo, uma base ao nosso sonho de implantar uma escola Waldorf”

Escola associativa com a participação dos pais

A ideia do coletivo Guayí Mirim é criar o Jardim de Infância Waldorf. No momento, o projeto está organizado como Espaço de Convivência.A Pedagogia Waldorf tem como processo de organismo social a Associação, que é diferente de ser particular, que visa o lucro. A associação não visa lucro, e as mensalidades são cobradas para poder pagar os custos mensais. Portanto a escola associativa demanda uma participação dos pais para opinarem e ajudarem a resolver questões fundamentais relacionadas à gestão. Inclusive com uma transparência em relação aos custos necessários para se manter a escola”, acrescenta a equipe do Guayí Mirim.

Rudolf Steiner (1861/1925)

Rudolf STEINER

Rudolf STEINER

Origem da ideia

Na capital gaúcha, a Pedagogia Waldorf é aplicada em jardins de infância e numa escola de ensino fundamental. Nalguns Estados, há parcerias com o poder público, o que possibilita a gratuidade das escolas Waldorf. Também há casos de parcerias com empresas, e porcentagens de bolsas para alunos provenientes de famílias com baixa renda.

HISTÓRIA – Sobre a pedagogia, grupo Guayí Mirim menciona: “De origem alemã, foi criada em 1919, pós-guerra, tendo o apoio do empreendedor Emil Molt, dono da Fábrica Waldorf-Astória, aonde Rudolf Steiner sugeriu que os trabalhadores da fábrica deveriam conhecer melhor o propósito de sua atividade específica e, desse modo, conseguir uma relação mais humana com respeito a ela. Nessa ocasião foram proferidas palestras sobre temas sociais e educativos aos operários. Como consequência, surgiu entre os trabalhadores, o desejo de que seus filhos recebessem uma educação escolar mais adequada às reais necessidades do desenvolvimento humano. Um dos fundamentos da pedagogia Waldorf é se entrelaçar profundamente com as características da cultura e do local aonde está inserida e, ao mesmo tempo, ter como base a identidade da proposta universal que é essa pedagogia, em consonância com a vivência da realidade. Por isso, é que escolhemos para inspirar o nome da nossa proposta, palavras em tupi-guarani. Assim, oferecendo as raízes culturais do povo original de nossas terras”.

 

 

 

 

 

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