Pelotas avalia legalidade de mudança na fórmula
Para uns é uma questão já resolvida; para outros, uma possibilidade; e tem os que acreditam que seja mera especulação. A questão envolvendo a fórmula de disputa das séries A e B do Campeonato Gaúcho vai se resolver mais adiante. A tendência é que seja aprovada a queda de três equipes da primeira para a segunda divisão; e o acesso de apenas um time da segunda para a primeira. Um modelo que seria repetido nos dois próximos anos, permitindo que o Gauchão chegue em 2016, com apenas 12 equipes como querem a Dupla Gre-Nal e a RBS TV – emissora que detém os direitos de transmissão dos jogos.
Para os times da Série A, a mudança será gradual, sem impacto imediato. Já para os da B, a chance de subir cai para um terço: ao invés de três, sobem apenas um. O Pelotas é interessado direto nesta questão, porque está na Divisão de Acesso. Mas a posição da diretoria do clube começa pela análise legal dessa mudança.
“Primeiro temos que ver a legalidade dessa mudança. O que diz o Estatuto do Torcedor, que permite mudança só depois que uma fórmula for mantida por dois anos. O departamento jurídico do Pelotas, assim como também de outros clubes, vai avaliar a situação. Se for legal, o Pelotas se resigna. Se não for, haverá maneira de buscar a defesa de nosso ponto de vista”, diz o vice-presidente Flávio Gastaud.
O Gauchão de 2014 teve a fórmula alterada em relação aos anos anteriores, quando havia a definição de campeões de turnos. A princípio não poderia ser mudada para a edição de 2015. “O mais lógico seria cair dois e subir dois”, aponta Gastaud.
A recompensa para os clubes da Série B em função da redução do número times que ascendem à primeira divisão é o repasse de R$ 100 mil, que sairá da verba destinada pelos patrocinadores e televisão para as equipes da primeira divisão. Para Flávio Gastaud, o repasse dessa verba pode não representar nada se houver, por exemplo, a cobrança de taxa de arbitragem. “Seria como dar como uma mão e retirar com a outra”, completa o dirigente do Pelotas.