Diário da Manhã

quinta, 02 de maio de 2024

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Pelotas : Com o nove, a esperança

28 janeiro
08:47 2014

A volta de Gilmar permite que Porto utilize a forma preferida de ataque

Gilmar retorna ao time do Pelotas e representa a expectativa da retomada dos bons momentos Foto: Alisson Assumpção/DM

Gilmar retorna ao time do Pelotas e representa a expectativa da retomada dos bons momentos
Foto: Alisson Assumpção/DM

O técnico Paulo Porto divide a campanha do Pelotas na Copa Sul/Fronteira “antes e depois” da chegada de Gilmar. Não que seja uma questão de importância individual do jogador, mas de característica: um atacante de área, capaz de segurar a bola no ataque e permitir a chegada à frente dos meio-campistas. As dificuldades neste começo de Campeonato Gaúcho são igualmente justificadas a partir da ausência de um centroavante na equipe. Assim, a volta de Gilmar é saudada, ressaltando a expectativa de retorno dos bons momentos do time áureo-cerúleo.

Sem jogar desde o amistoso diante do Aimoré – dia 7 de janeiro (ele sentiu uma lesão na véspera da decisão da Recopa, diante do Inter) -, Gilmar está pronto para reaparecer no time na partida desta quarta-feira, diante do Lajeadense, na Arena Alviazul. “O departamento médico do Pelotas fez um bom trabalho, porque a previsão era de 20 a 25 dias de tratamento, mas estou voltando com 19 dias”, ressalta o atacante.

A satisfação de Paulo Porto é dupla. Ele passa a contar com os dois centroavantes de área, que possuem características semelhantes. Rafael Santiago está também liberado para ser aproveitado a partir do jogo desta quarta-feira. A diferença entre os dois é que Santiago jogou pouco até agora – foram apenas três jogos incompletos. Ele tem sido perseguido pelas lesões. “Na forma de o Pelotas jogar, a função do nove é muito importante, porque segura os zagueiros na lá na frente, ajudando o time a sair compactado”, reconhece Gilmar.

Digão e Pedrão estão também liberados pelo departamento médico. Mas Jefferson, Lucas e Bruno Salvador são dúvidas para o jogo de amanhã. Carlos Alexandre é mais um que está fora por lesão – a exemplo de Tiago Gaúcho e César Santiago.

Duelo pela primeira vitória

Alex deve recuperar a vaga na lateral-esquerda no jogo desta quarta-feira em Lajeado Foto: Alisson Assumpção/DM

Alex deve recuperar a vaga na lateral-esquerda no jogo desta quarta-feira em Lajeado
Foto: Alisson Assumpção/DM

Lajeadense e Pelotas têm algo em comum: os dois não venceram ainda no Campeonato Gaúcho e aparecerem na incômoda parte de baixo da tabela de classificação, após três rodadas. Isso torna o jogo desta quarta-feira uma “decisão” ansiosa para os dois times. O que perder pode entrar em crise. Se Paulo Porto tem ainda prestígio para suportar novos tropeços, o mesmo não se pode dizer de Fabiano Daitx – uma aposta do clube de Lajeado para a temporada de 2014.

O Lajeadense tem a vantagem de um ponto em relação ao Lobão, porque empatou duas vezes: zero a zero com o Passo Fundo e 1 a 1 com o São Luiz. No meio da semana passada, a equipe perdeu por 2 a 1 para o time sub-20 do Grêmio na Arena. Já o Pelotas tem duas derrotas e um empate neste começo de campeonato, que repete os anos anteriores. Em 2013, o Lobão foi conhecer a primeira vitória justamente no quarto jogo, quando bateu o Santa Cruz por 2 a 1 nos Plátanos.

No treino da manhã desta terça-feira Paulo Porto define a escalação do Pelotas para o jogo na Arena Alviazul. Alex deve ser o lateral-esquerdo em função da lesão (joelho) de Carlos Alexandre. Gilmar deve ser o comandante de ataque, permitindo que Felipe Garcia faça a função de meia. Os outros dois dessa linha estão indefinidos, porque Jefferson e Lucas são dúvidas, por causa de desconforto muscular. Mateus Borges, que fez boa estreia no sábado, surge como opção para o setor.

Bate Pronto – por Caldenei Gomes

Tudo igual

O Pelotas do jogo com o Juventude foi muito parecido com o Pelotas da partida diante do Veranópolis. A diferença é que na quarta-feira, o Lobão se escapou da derrota; e no sábado perdeu. O time repetiu os erros defensivos, especialmente pelo lado esquerdo, e mostrou inoperância no ataque, apesar de ter passe de bola. Mas é uma posse de bola distante da área adversária, sem poder de infiltração na marcação do adversário.

Como nos anos anteriores, a euforia anterior ao Gauchão – seja pelo show nos amistosos, pelas frases de efeito ufanistas ou pela conquista do título da Recopa – logo se esvazia. Com um ponto somado em nove disputados, o Pelotas já ouviu vaias no sábado e observou alguns focos de cobranças. Os dois próximos jogos serão fora de casa: Lajeadense e São José. É preciso vencer pelo menos uma dessas partidas.

Na volta à Boca do Lobo, o Pelotas enfrenta o Internacional (possivelmente com a equipe principal) e o Brasil. Dois jogos complicados. E assim vai avançado o Gauchão…

Ausências

O que ameniza o começo ruim do Pelotas é a ausência de vários jogadores por causa de lesão. Se uns voltam; outros se machucam. Da primeira a terceira rodada, Paulo Porto perdeu Tiago Gaúcho, Bruno Salvador e César Santiago. No jogo de sábado, Carlos Alexandre e Jefferson deixaram o campo lesionados. Deve haver um motivo para tantas lesões, embora algumas sejam causadas por acidente de trabalho (tipo torção ou batida).

A volta mais esperada é a dos centroavantes (Gilmar e Rafael Santiago). Aí Felipe Garcia poderá ser aproveitado na linha de três meias. O atacante joga bem no comando de ataque, quando encontra espaço para correr com a bola, mas desaparece contra um time bem postado na defesa – como foi o Juventude, que fez gol cedo e recuou.

– O São Paulo teve que pagar R$ 3 mil para jogar na Boca do Lobo, com os portões fechados. Teve ainda que pagar o transporte até Pelotas e mais a taxa de arbitragem. Mais despesa para um clube sem dinheiro. 

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