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sábado, 28 de dezembro de 2024

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Pelotas reduz em 70% os registros de roubo a pedestre

Pelotas reduz em 70% os registros de roubo a pedestre
03 janeiro
15:06 2023

Nos últimos cinco anos os casos de roubos a pedestres caíram 70% em Pelotas. O dado está no relatório divulgado no final de novembro pelo Observatório de Segurança Pública e Prevenção Social, órgão da Prefeitura responsável por monitorar os indicadores criminais da cidade. Estratégias do Pacto Pelotas pela Paz, como a realização de operações integradas e as análises e os relatórios realizados pelo Observatório, são apontadas como responsáveis pela queda dos crimes.

Os dados da criminalidade, no município, são analisados mensalmente e o relatório mais recente aponta que entre janeiro e outubro deste ano foram registrados 870 casos de roubos a pedestres nas ruas de Pelotas. Apesar de indicar um aumento de 7,5% com relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 809 ocorrências do tipo, o dado não é analisado como totalmente negativo, pois está muito abaixo do volume registrado em 2020, 2019, 2018 e 2017. Entre janeiro e outubro de 2017 aconteceram 2,7 mil assaltos a pedestres. Em 2018 esse número caiu para 2,2 mil, em 2019 foram 1,8 mil casos e em 2020, 924.

Na análise feita mês a mês, ao longo destes anos, agosto de 2017 foi o período mais violento com 346 crimes. Cinco anos depois, em agosto de 2022, o número caiu para 94.

A prefeita Paula Mascarenhas destaca que os indicadores apontam para o acerto no desenvolvimento municipal de “uma política pública consistente, voltada à segurança pública, a qual tem como pilares a inteligência, o compartilhamento de dados e a integração, entre forças policiais”. Conforme Paula é possível dizer que o envolvimento do Poder Público colabora na eficiência dos resultados, pois facilita a integração com as instituições chamadas pela liderança municipal, que se sentem à vontade para planejar e executar conjuntamente as ações.

O que contribuiu para a queda dos crimes em Pelotas

O coordenador do Observatório de Segurança Pública e Prevenção Social e pesquisador, Samuel Rivero, atribui o resultado, principalmente, às estratégias de realização de operações integradas das forças de segurança e o planejamento feito em reuniões semanais, nas quais também são analisados indicadores criminais e definidas ações pontuais.

Rivero destaca, ainda, o uso da tecnologia como aliada e cita como exemplo o monitoramento georreferenciado das ocorrências, o que permite a produção dos mapas de calor e a análise dos dias, horários e regiões com maior incidência de crimes na cidade.

“Isso tem orientado a atuação das forças de segurança de maneira mais precisa, pois é possível saber onde as ocorrências estão acontecendo com maior frequência e a partir disso concentrar os esforços naquela região, naqueles dias e horários”, afirmou.

O titular da 18ª Delegacia Regional da Polícia Civil, Márcio Steffens, corrobora a avaliação de Rivero e aponta a redução como uma consequência do somatório de esforços e do planejamento feito desde o início do Pacto Pelotas pela Paz, em 2017.  “A partir deste trabalho, foi possível identificar a recorrência de autores que se repetiam e, a partir disso, foi feito um trabalho junto à Vara de Execuções Criminais e ao Sistema Penitenciário”, disse.

MÁRCIO Steffens

Integração é a chave para reduzir e combater crimes

Desde o lançamento do Pacto, já foram realizadas 1,5 mil operações integradas, sendo que somente este ano já aconteceram 332 ações do tipo com 66,7 mil pessoas abordadas pelos agentes de segurança e 33,3 mil veículos foram fiscalizados.

“Temos uma média de 1,2 operações por dia, sendo que no período mais intenso da pandemia de Covid-19 foram realizadas cinco por dia. Esse somatório de estratégias fez com que a diminuição dos crimes acontecesse e se mantivesse e esse é o nosso grande desafio: manter os índices criminais reduzidos”, afirmou o delegado Steffens.

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